sexta-feira, 2 de março de 2012

O imprevisto

Percebo que me deixando persuadir por trevas tão honestas
Deixo à mostra, num ato tão desprovido de lógica
O meu sofrimento, que para tais olhos deve ser como cobalto

A luz me pisca uma verdade desonesta
A mesma verdade que persegue cáustica
As folhas mortas abandonadas no asfalto

E quando sinto, é uma coisa bem inspirativa
Vozes incertas, como em uma alucinação auditiva

Pois então cada vez que bebo, ergo um templo em meu peito
Reconhecendo assim a arfante respiração dos satisfeitos

Surtos bastante comungados, das minhas agonias
Cultuando uma missa negra tão feliz

Dotados de esperançosas fantasmagorias
E do orgulho humano que sempre me diz;

Advertindo-me que nado em infinitas imprudências
No sacro anoitecer das muitas semanas invividas
Ou nos profanos amanheceres serelepemente escarniosos

E então dissolvo a ebriedade nas várias cadências
Que o tempo obriga a serem acolhidas
E pois que os mecanismos de defesa elucidam nestes versos fantasiosos!

By: Bruno

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