domingo, 11 de agosto de 2013

Soneto da ambivalência

A luz jaz nos lábios do mundo
O silêncio e o grito, embora opostos
Remetem ao mesmo sentido imposto
Da dicotomia estabelecida no abismo

Dos desencontros, foice nunca cega
Da vida e da morte, amor e ódio
Fogueira que urde, aclamado ópio
Dos poetas, que sempre negam

A ausência da eternidade, efígie
Da reciprocidade alegada em tudo,
Até no ateísmo mudo

De Deus, perante sua próspera espécie
De deuses, criadores de criaturas,
Fazedores de plenas caricaturas!

By: Bruno

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