sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sou poeta...

Ideias vagueiam meu espírito
já se foram 364 dias
é o dia derradeiro
muitas vidas recomeçarão
muitas vidas apenas continuarão
Eu hei de escrever mais e mais
É a minha predileção
Escrevo por todos os dias do ano
Escreverei por todos os dias do ano seguinte
Sem pausa, interrupção, nem cerimônia
Não passarei essa tarefa somente minha
à ninguém, jamais
Até que eu faça a melhor poesia deste mundo
Até que eu me eternize por meio da escrita
Morrerei tentando, e não em vão
Pois é o que faço de melhor
e me sinto vivo com isso
Sou o perseguidor da palavra
Sou o mestre da grafia
Sou humano, sou inseto
Sim, sou uma massa amorfa
Feitora da palavra e feitora do dizer
Sou... poeta

By: Bruno

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O segredo

Havia uma certa casa, que de ínicio parecia assombrosa, tinha um aspecto terrível, fúnebre, mas que depois de reformada, tomou um ar magnífico, uma atmosfera alaranjada estonteante, porém ainda permanecia o mistério por trás de seus habitantes.
Quem e como eram aquelas pessoas que as vezes apareciam nas janelas da casa? Era possível ouvir suas vozes se você prestasse muita atenção nisso, mas ninguém o fazia, devido ao grande medo, pois havia rumores, que estes habitantes guardavam armas, como por exemplo uma terrível foice de aspecto cadavérico, assim como seu usuário, o dito senhor daquela casa, um homem velho de emoções bipolares e inconstantes.
Mais raramente ouvia-se também um tenebroso piano, especialmente em dias chuvosos, onde raios de todos os volumes possíveis caíam sobre as casas, causando os mais inusitados sustos, seguidos de receios constantes devido ao som daquele horror.
Definitivamente, a figura mais mortífera, era a dona da casa, uma mulher com o cabelo totalmente arqueado, que por vezes aparecia com o avental ensanguentado no quintal, porém era só o sangue da carne que ela preparava amorosamente para o resto das pessoas. Mesmo assim, os que a havistavam não deixavam de pensar que fosse uma terrível serial killer devido à completa aparência descuidada de quem fica totalmente à serviço da casa.
Quando não se ouvia os sons medonhos do piano, em dias ensolarados, ouvia-se com mais temor ainda, os gritos histéricos, daquele jovem louco, filho daquele casal mórbido. Era totalmente outro nível de loucura, uma incontrolável fúria tomava o corpo daquele menino com ar inocente, como se o demônio o possuísse deliberadamente. Portas batiam sozinhas, as janelas abriam e fechavam a medida que o ódio crescia naquele corpo pequeno, mas que causava uma enorme discórdia entre todos e inclusive quem presenciava, ficava influenciado por aquela força demoníaca.
Estava claro que aquelas pessoas tinham algo de muito errado, mas ninguém sabia o que ao certo, era um mistério permanente, que latejava nos corações dos vizinhos, que almejavam descobrir a verdade por trás dos rumores que eles mesmos espalharam. A rua toda tinha uma atmosfera amorfa devido àquela casa, o que ela continha era inexplicável e horrível, mas ninguém suspeitava disso.

Continua....

By: BRuno!

Maluquices de uma mente desabitada

Talvez nunca na história da humanidade uma pequena palavrinha poderia revolucionar o dia de uma mulher, encher de emoções bipolares, revoltas, risadas, xingamentos...
Qual poderia ser a causa? Tal figura não se lembrava de como preencher um cheque? Ou talvez quisesse debochar da dignidade da pobre vítima? A resposta pernanece em seu inconsciente estado provocador, nunca saberemos!
A chegada ao banco, esperar numa fila, aparentemente um dia normal de uma pessoa que vai trocar um cheque, apesar de se lembrar que ele fora preenchido de uma maneira um tanto peculiar, mas ignorando este fato, a mulher permanecia confiante, iria tirar dinheiro do marido sovina.
Quando chega sua vez, nós a avistamos, fazendo sinais estranhos, claramente em nervos aflorando, enquanto a atendente desabava-se em risos.
- Me dá este cheque, impaciente a mulher xingava seu louco marido, que nem vive nesta realidade.
Em fúria rasga o cheque, fazendo o riso se espalhar em todos nós, e em seguida liga para o tal e o chama de retardado. Creio eu que foi um dia realmente divertido para aquela atendente, que jamais esperaria encontrar um cheque preenchido "trezentos reais somente", como se o correntista escrevesse um cheque em inglês, que traduzindo seria "three hundred dollar only". Tal humano estivera em uma país de lingua inglesa há mais de vinte e cinco anos! Moral da história, pessoas alienadas não deveriam preencher cheques!

By: Bruno!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Despair

Olho para este céu cinza
não consigo ver mais meus sonhos
é como se minha inspiração estivesse selada
Respiro sôfregamente
a espera do momento certo para fechar os olhos
My heart is a battleground
Minhas mãos trêmulas
já não conseguem segurar
a felicidade que você me mostrou
devo desistir?
perder tudo?
Não posso acreditar
Que o desespero tomou conta
do meu pobre ser...

Como pude não ser perverso
E ser tão injustiçado?
Sinto o peso do mundo em minhas costas
Me pergunto o que há de errado comigo
Mas não chego a uma conclusão
I love my sorrow
Here in the darkness I know myself...

By: Bruno

domingo, 26 de dezembro de 2010

A menina corre
A menina brinca
A mulher traz a cerveja
A faca apunhala
está calor
O piano faz uma melodia agradável
O menino recebe um pedido amoroso
E a outra garota cura-se
Vida vai e vida vem
É um ciclo
Os humanos vivem
intrísecamente atados a seus afazeres
A menina grita
O gato mia
O destino se cumpre
And tomorow begins all again

By: Bruno

sábado, 25 de dezembro de 2010

Ser poeta...

É ser incompreendido em seu próprio mundo
é ser preso num labirinto de palavras estonteantes
é ter o ínfimo gosto pela inadequação à normalidade
Canalizar sentimentos em palavras
Escrever para viver
E para se divertir
É achar a pureza da desolação e
entristecer-se por algo que vezes nem sentiu
É vivenciar somente para colocar no papel
E não se importar com a mente alheia
Só o que escreves importa
E só assim manter-se vivo
Vivemos apenas para morrer
Tudo acaba em morte
Só as palavras encontram a eternidade mundana
O resto perece, mente, corpo, alma...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pájaros en la ventana

O vento guia meu pequeno destino ao desconhecido
É uma época em que a felicidade se faz obrigatória
Guio a taça da minha mão até meu lábio cansado
Era só mais um gole, mas o vício clama por minha
saúde
Debilito cada vez mais em nome de uma frustração
inventada
Sim, acredito que nada que eu faço pode chegar até
você
E você ainda vira as costas a um ser como eu...

Miro a los pájaros en la ventana
Son de vários colores
E me os olhos do gato me observam com mais
interesse do que para com os pássaros
Ele deve pensar que é algum tipo de bricandeira
Mas sim, escrevo sobre um sofrimento inabalável
Introspectivo
Meus suspiros cinzas desaparecem cada vez mais
longos e espaçados
Ao menos tengo a lo gato e estos pájaros
Pero tu me hace muy mal...
Longe desse jeito...

By: Bruno

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Le portrait

O que eu guardo no meu coração
Eu nunca tive coragem de mostrar à ninguém
A quoi ça sert, l'amour ?
Se eu não poderia te mostrar?
Mas eu não poderia me arrepender
de carregar bem no meu peito
algo tão inocente
que me rasga
e me deixa tão feliz ao mesmo tempo
Mes chagrins, mes plaisirs
Não são nada comparado ao que sinto
Escondido e sem remorso

Je t'inventerai
Des mots insensés
Não é algo que pode ser compreendido por quem não o sente
Mesmo que eu entenda as cores dos seus olhos
Não significa que entenderás o que tenho em meu coração
Mesmo assim valeria te mostrar algo tão arriscado?
Se você nunca ler isto,
eu pegarei meu corpo vivo e o jogarei fora
On a vu souvent
Sentir algo por alguém
Mas com certeza não é comum
Sentir isso por alguém tão distante
Quero que ouça bem em seu ouvido
Tudo o que tenho para dizer-lhe

Mesmo que eu deixe de existir um dia
Quero carregar um retrato seu
Para que minha alma não seja acompanhada
pela sombra da tristeza
Pu te rencontrer
Je t'aime!
Que deixem este poeminha
L'ombre de ta main
Je ne vais plus parler...

By: Bruno

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ai


"Simple and clean is the way you make me feel"

Quanto da sua luz foi um dia a luz de uma estrela?
Sua presença mesmo fictícia faz meus medos e mentiras
derreterem
Tudo o que eu tenho não significa nada
Preciso do seu afeto
Meus dias sem manhãs ganham um aspecto novo
Toda vez em que penso em você
Toda vez que vejo sua silhueta em meus sonhos
Você colocou uma luz pura no meu coração enegrecido
É doloroso respirar longe de você
Eu sei que continuo bem,
pois meu coração bate mais constante que antes
Mesmo que minha voz se torne um fraco murmúrio
Por favor não solte este meu coração que você
abraçou com tanto amor...

By: Bruno

domingo, 19 de dezembro de 2010

Doce Lixo humano

Sua foto de família feliz
não passa nem perto da realidade
se odeie
pare de causar tremores nas pessoas
elas só alimentam ódio por você
doce lixo humano
entremeado em perversidade
perdeu suas características humanas
corte seus laços,
rabisque seu rosto daquela foto
essa realidade imunda
o torna insano
doce lixo humano...
se torne um nada por favor?
não consigo entender suas ações distorcidas
com minha mente espiralada por emoções mundanas
você não pode se salvar
caminhe para o fogo
rabisque seu rosto daquela foto
não há nenhuma verdade naquelas gotas negras
que vemos caírem de seus olhos
no fim só existem aquelas memórias podres
que todos nós queimamos
mesmo as que restaram, não são boas
o ódio e o terror gritam juntos
por que você ainda respira?
se odeie
doce lixo humano
desapareça dessa realidade.

By: Bruno

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Demonic chatroom

Sob o ponteiro negro do relógio
Há duas almas conversando
suas auras entrelaçam-se de ódio
e de um sentimento belo
O que é tão belo pode ser tão sujo
Para um a morte lhe concedeu uma subsistência
amorfa
E para outro nada além da sombra do abismo
Mesmo opostas se comportam de forma amigável
Esses seres sem emoção
não derramam coisas como lágrimas
Mas sabem que suas trajetórias são trágicas
A solidão as abraça
Enquanto tento descrevê-las tão solenemente
Tento mostrar-lhes em vão alguma honra
Mas só enxergam morte
Os raios de sol causam-lhes repetidas vertigens
Corrompem o silêncio com suas vozes distorcidas
Uma conversação tão efêmera que chega a ser
transparente
Mesmo minha imaginação sinestésica
Não pode criar alegria alguma
Essas almas não são nada além da personificação dos
meus piores temores
Surgiram quando abandonei minhas asas
E molhei meu coração na languidez deste mundo
Não há luz para mim
Sinto que em breve
Serei envolvido por seus longos e nefastos braços
E dominado por uma alienação síncope
Alimentarei-me da insanidade que eles cultivaram
Por longos anos selados em um lapso atemporal
Agora ressurgem tornando-me ébrio
Seus argumentos eram uma indefinida trama
e o alvo é minha alma e minha mente
Meus olhos não ocultam mais o meu desespero
Nem o amparo da morte há de querer mais uma alma
morba como a minha
Então, sem escolhas
faço parte do plexo desse mundo
Preso no sistema dos humanos.

By: Bruno

Noite Rubra

O chamado da noite rubra ressona em meu peito
Meu coração antes latente vibra voluptosamente
É incessante a vontade de fugir para longe
E ao mesmo tempo para o mais perto da aclamada
noite
Minha mente sente falta do juízo que os humanos
normalmente tem
Não, não sei me comportar como humano mais
Sei escrever coisas alienadoras e me vicio neste hábito
Meus dedos sangram de tanto segurar minha força de
vontade
Ouço vozes que na verdade não existem
Se eu entender as cores desse céu as vozes
cessarão?
Espero impaciente pela tal noite rubra
Fictícia, subconcience
Alucinógena, imortal...
Mas quando virá?

By: Bruno

sábado, 11 de dezembro de 2010

Fuck the silence

I want to make to most nuisance sound
I want to write the most diabolical thing
e eu quero misturar a lingua como ninguém
Para que ninguém entenda
É a cabeça de alguém que bebeu todas
É a cabeça de quem escuta todos falarem
Mas não liga para essas intrigas
Just fuck up the fucking silence
Stupid humans
Que pensam que sabem demais
Mas estão apenas inventando loucuras
Para substituir as da realidade
Preencher o desconhecido com
Noises que inventaram
For what? Do you wanna so much
To be my foe?
Your moma told you not suppose to talk to strangers
yeah!
E a coisa mais trágica é
Que você adora perder seu tempo se comportando
dessa maneira
Enquanto eu estou aqui me divertindo com isso
Fool Human
If you never learn...
I'll meet you in hell!

By: Bruno

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poema sobre o meu gato Mingau



Anda de canto a canto
o ser mijante
procurando atentamente algo
que ainda não foi alvo
quatro patas e um ávido olhar
percebe logo alguma mudança no ambiente
sua alvura é como o luar, esconde-se da luz
Quando está pronto sai
é quando, na noite rubra acontecem
crimes hediondos
Quando justamente os humanos estão vulneráveis
acontece o horror causado por aquele aparentemente
simples gato branco
que mija e morde impiedosamente, ruidosamente
Sem perdão, sem mágoa, sem cerimônia
Afinal é apenas um gato branco
O que se pode esperar dele além do desconhecido e fastio como as coisas da noite?
Ele é imperceptível como o punhal que fere a carne frágil
Ele é onisciente na noite
o seu território sombrio
Onde só ele é perspicaz
e onde a treva o obedece
Mesmo quando sua louca mãe
tenta em vão o punir por uma mijada indevida
em sua nova sala.

hello my dear... kill me gently...



Preso nesta floresta
Espero pelo dia que a luz do sol brilha por entre a
copa das árvores
as cartas que eu escrevo contém rabiscos ilegíveis
quero que sua presença desperte minha mente
ela está visívelmente dormente
meus passos são lentos nesta terra incolor
não quero me apegar a nada daqui
estou terrívelmente incomodado por sons que eu
descartei tão desgostosamente
toda vez que atinjo a fronteira desse lugar
sou arrastado violentamente para o seu centro
como se eu devesse começar tudo novamente
Para que tantos lamentos se eu tenho tantas chances
para recomeçar?
Minha alma abandonada clama por você nesta densa
floresta
Toda vez que eu ingerir a água deste lago carmesim
eu lembrarei das vezes que eu morri por você
Mesmo que eu não sinta mais agora
Meu corpo latente pode sentir sua respiração fria
Uma tranquilidade vazia flui através de mim
Se eu ainda respiro é porque eu tenho que te ver uma
última vez
ainda tenho o objetivo de colecionar mais uma vez
palavras pronunciadas por seus lábios incansáveis...

Minha gata Verinha



gosta de empinar pipa

domingo, 5 de dezembro de 2010

Remote Past

Sinto o seu cheiro
Naquela memória fastia
Que eu criei apenas por estar tão alienado
a realidade é que nunca nem tinha experimentado
o carmesim do seu sangue
Só observava de longe seus olhos azuis como o
longínquo oceano
Ahh como eu queria afundar minha alma naquele mágico
mar
Encostar minha pele à sua
Sem medo
Sem me sentir constrangido
Mas tudo não passou de um sonho alimentado
um devaneio horroroso hoje, mas brilhante no passado
Se apenas não fosse uma questão de opinião
Poderíamos nós ter sido felizes juntos?
Eu adimiraria todos os dias seu sorriso sem jamais
piscar
Nem preciso me lembrar a cada dia que aquilo foi uma
ilusão acometida de fora para dentro da minha mente
Algo não planejado, assintomático
Eu caminhava entre sombras e o teu olhar indefinido
Sem escolher qual eu queria
Apenas iludido por tudo...

Ao meu redor

Há algumas árvores sem folhas
elas são secas como o vento que levou suas folhas
Ninguém se importa com isso
o fato de eu ter fitado esta cena
Não muda muita coisa no músculo palpitante sob o meu peito
As pessoas não acreditam mais em um céu límpido e azul como a água
Não ouço sua voz no ruido da chuva
que cai inundando nosso ambiente
A correnteza leva seu coração para longe das minhas mãos
Como eu vou saber sobre a origem desse sentimento agora?
Minha mente enevoa-se de confusão
Nem entendo o que escrevo
Nem sobrou razão alguma para isso
Vivo apenas de recordar este passado
Aquelas árvores secas, aquela brisa calma
E aquela chuva incasável...

By: Bruno

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ilusão

Teus olhos tão puros como cristais
fitam uma memória de outro tipo
Minha imaginaçãp criara algo formidável
que jamais existiu
Mas tem a graça de ser uma bela estória
que teus ouvidos escutaram tão atentos
Cada passo que eu dei
adentrando na escuridão duvidosa
foi para que esta estória fosse mais e mais perfeita
Um amor sem defeitos
Inocente como os desejos de uma criança
Minha tez úmida de lágrimas dos mais líricos devaneios
seca aos poucos
Minhas gesticulações são observadas atentamente
Locutor e ouvinte agindo simultaneamente
Uma é o personagem principal e a outra idealizada
como o grande amor
Doce amor maior que a vida e conquistador até da
sombra da morte
Existe apenas para que essa ilusão fosse criada
Materializada em forma lírica
Une-se à realidade
Extermina graciosamente a deprimência e o tédio mortal
da vida...

By: Bruno

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010



Eu ri...

Eu Suponho...

Que um riso sincero ainda exista
alguém que eu nunca vi
irá satisfazer meu pequeno desejo
Como seria esta suposição
se não fosse uma utopia distante?
Seria uma nova sensação
Mas em prática é tão impossível
Quando uma graúna voar sobre os prédios
de uma grande cidade
Bom... deixemos a ave em sua floresta
É estranho, pois nem tenho um pequeno desejo
Todos os meus projetos são arrogantes e ébrios
Nenhum som ou palavra seria satisfatória
Haveria sempre a obcessão por mais
até a pessoa ser apagada como uma pequena luz
É tão dificil pensar que uma pequena ação
Despertaria um fragmento de felicidade no coração de alguém, sem que esse alguém se contentasse com apenas isso...
Encare a tristeza do mundo com uma pureza disfarçada
e ainda assim sairá machucado
Ninguém sai ganhando no fim
Não importa que escolhas faça
Depender de algo esquisito como a sorte
É simplesmente um devaneio deprimente...

By: Bruno

segunda-feira, 29 de novembro de 2010



É com muita honra que recebo este prêmio, fiquei realmente feliz com esse pequeno gesto, que lembra o por que de alimentarmos nossos sonhos é de tamanha importância.
Como o pedido requer, dedicarei a 10 blogs.

1º http://thoughtsofmaykel.blogspot.com/ Por Maykel M.
2º http://meuimperfeitomundo.blogspot.com/ Por Annie
3º http://pajux.blogspot.com/ por Paju Monteiro
4º http://jcrimson.blogspot.com/ por Muyoi-chan
5º http://jugms.blogspot.com/ por Julianna Adam

Poderei continuar a lista em outros posts? Perdoem-me por tal ato mas realmente não conheço 10 blogs que partilham dos ideias de compartilhar formas de pensamentos....
Mas prometo que assim que achá-los hei de postar ok?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chega de Tecnologia

Chega de tecnologia
Quero algo orgânico entrelaçado aos meus dedos
Não quero acreditar que a ebriedade
se sobrepôs à sobriedade dentro de mim
Meus cachos loiros deslizam enlisados sobre mãos desconhecidas
Que estupram minha carne fastigiosamente
Mas mesmo ficcionalmente isso causa espanto
Se eu falasse alguma realidade
Eu teria pentagramas espalhados sobre o meu ser
Meu sangue não seria meu mesmo após coagulado
E eu não teria alma
Seria apenas uma casca disforme do que um dia
Foi um humano esposto à tecnologia.

By: Bruno

Por você

Cubro com minha mão pálida
A minha face vermelha
Odeio fortemente o sol das manhãs
Apenas o aturo por enxergar
a possibildade de ver
Sua tez morena
Seus cabelos esvoaçantes
Mas nada disso é alcaçado
É ofuscado pela luz do sol
Apesar de ter uma casa grande
Não consigo me esconder dessa luz
Quero ser, em vão
Aquele que foge da luz, do vento
E dos demais elementos
por você
Apenas funciono por você
Mantenho a psicotrópicos
Essa mente morba, empestiada
Por você
Presença atordoante
No eterno do horror
Das convulções da alma
Meu castigo fastio
Alimenta meu coração
Com a luz que renego com rigor
Meu corpo pode padecer o quanto quiser
Mas prometo resgatar minha alma
Das profundezas do abismo
Só para vislumbrar teu vulto à sombra
Cepticamente como a matemática da morte
Emudeço a ver tua face
Como se eu traduzisse um sentimento antigo
Escrito por almas em devaneio profundo
Em minhas noites insones
Alucinando por você
Dói me ver que minha alma
Minha herança horrenda
Pertence à você
Mas aceito ver meu decomposto corpo
Ao teu lado
Num túmulo eterno de luz e de sacrilégios

By: Bruno
Mais uma vez perdido em ebriedade
Não sabendo o que faço
continuo um passo desistente
a vida é uma incerteza muito feroz
Mas não quero desistir
Escolho o passo mais difícil
Continuar
Seria melhor se tudo parasse agora?
Não! Queria lidar com a dor
mas a cada dia, a cada desabafo
É um passo dado ao incerto
Ando cada vez mais em direção à morte
Mas é o caminho de todos
Nenhum ser vivente a driblou
O som do teclado me estimula levemente
Quero aprender muito mais coisas que meu cérebro pode carregar
Prometo que não esquecerei a pessoa especial
Tu que foi direcionada a mim
Tens a mesma incerteza que eu?
A métrica e a lógica foram ignoradas
Coisas abstratas foram adicionadas
A Ignorância que prometi não ter
aparece
É uma evidência que tento apagar
Com muitas palavras digo o que não foi preciso
Tentarei rezar para que sua e minha dor desapareça
Mesmo que seja em vão
Eu como humano tenho que crer em algo
Hei de acreditar também no inexato
Está tudo bem que não fale agora
Mas quero que saiba
Que faço por você
Porque eu simplesmente não tenho causa a trabalhar
A não ser você!

By: Bruno

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ode à riqueza e à corrupção

Poderia eu viver só de physalis?
Poderia eu viver só de potes e mais potes
de sorvete de chocolate?
Se eu tivesse todo o dinheiro do mundo
sim, fadas me cobririam com seu véu promíscuo de seda
feita e comprada de pequenos anões que temem serem deportados
Estaria eu ajudando o trabalho escravo dessas pequenas criaturas? Bom eu poderia comprá-las de vez
Usaria elas em meus pequenos mimos diários ou as daria de alimento ao gato
Sei que faria minhas necessidaes em um toilet de ouro maçiço, sendo só eu seu usuário
Esta loucura não tem fim, afinal estou bebendo
Meus dedos não ligam para a métrica, apenas vomitam voluptosamente palavras incoerentes
Não, não sou vagabundo, apenas ganho dinheiro dormindo
Escrevo quando quero, como quero, não ligo de ser subversido, alienador
Afinal as mentes humanas das massas que optaram por serem alienadas, então lhes até faço favores
Alimentando seu pequeno intelecto com meus devaneios literários
Sim, sou a mente por trás do dinheiro, da corrupção e de todo o capitalismo
Não sinto nada, apenas consumo e consumo
Não há fim, não é necessário haver paz
Só é necessário que eu ganhe dinheiro
É só o que importa!

By: BRuno

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nada

Escrevo algo
não sei sobre o que exatamente
o sol obstrui meu olhar inespressivo
seguro calmamente uma faca ensaguentada
houve alguma vítima?
Qual seria a ação pretérita?
Não sei
Sei que estou escrevendo
sobre algo que não tem tema
meu amor é doce como o mais doce dos morangos
talvez eu lhe devesse um soneto
ou talvez já lhe tivessem dado um
é dificil, ansiedade é como um fardo
difícil de carregar
a sobriedade me foge languidamente
o liquido do meu copo parece já pertencer ao meu corpo
fluirá pelo meu sangue, tornará isso mais doloroso
Afinal sobre o que eu poderia estar escrevendo?
Poderia até virar uma receita de bolo se eu quisesse
mas ora, não zombo de ti leitor
apenas escrevendo estou
ature-me, torture-me
Meu delírio da ardente febre parece pior
Padeço diante da bebida roxa que tomo
Não me importarei, talvez eu me torne imortal
Talvez eu morra dolorosamente
Deus, Não interfira, deixa-me escrever mais e mais
Não pedi opinião nem ao diabo, portanto tinhoso saia de perto
peço à mulher, que venha rapidamente ver
antes que lhe estoure a bexiga ou a vesícula!

By: Bruno
Quem ama sem imaginar nada
É como quem escreve sem ter lido nada
E pior é quem critica sem ter lido e escrito
Gasto folhas com o nada
As pessoas passam ao redor
Nomes são citados, assovios dados
É a concretização da irreverência
do nada que escrevo
Escrevo e não mostro a ninguém
e nada além acontece
Hei de continuar a escrever
É minha sina
Meu dever amaldiçoado
Dom de ser incompreendido, porém expressivo
Exorciso-me de toda matemática e de todo número
Para que só a complexidade das palavras fiquem
E o meu termor se esvai
Sim, a vida é rica em ser vã
E merecidamente sem sentido
Deixe assim, apenas siga
Não seria coincidência
você estar lendo isto neste breve momento...

By: Bruno

Transformação

E tudo começa pela sala
uma incerteza
porém beleza
tudo está se encaixando
formando algo inédito, espantoso
os vizinhos dizem: impossível
eu os contesto dizendo: invejosos
óh invejável caos da transformação
um entendimento é impossível
mas o resultado é absurdo
casebre virando coisa habitável
na opinião de muitos
e eu repito:
um entendimento é impossível
tranco minha respiração
abalado como todos
isso rasga-me, rasga-me
um entendimento é impossível
o inexato é jogado na face das pessoas
que inacreditavelmente concordam que no fim
era possível
um consenso estupefato
afável, interminável
sim, do caos nasce uma flor na calçada
e é esta a flor inexata
que rasga a razão com sua incontestável
pureza, beleza!
óh existência puríssima
não seja contaminada pela inveja dos habitantes
deixa-te imóvel e permaneça ali
causando espanto junto àquela casa
que antes parecia uma tumba.

By: Bruno

Ferida

Quando a perna manca desloca-se
o cabelo revolta-se
desalinha todo o corpo
em mágoa de dor e gangrena
ferida sangrenta
surgiu do mistério
e agora apanha revertério
Põe gelo na perna manca onna
e anda direito
pois parece fingimento
de um temperamento instável
ri, chora, grita e ainda anda.

By: Bruno

terça-feira, 16 de novembro de 2010

La falsidad

No quiero hablar de tí,
pois não quero igualar-me
é uma corrida contra o tempo
quem usa a melhor máscara ganhará
Ria descaradamente
Enquanto zombo de seu focinho escraxado
Sem rimas, sem cerimônias
Apenas risadas ao ar
Sumir desse lugar
Me foi uma boa opção
Mas voltarei sem máscaras
É meu eu real
Chega de facetas
Sua persona imatura
Não me afeta
Yo no te necesitos más!

By: Bruno

Ode ao caos

Livros atirados ao chão
Papéis voando soltos
A desorganização está em alta
Não há como evitar isso
Enclausurados sob quatro paredes
Tudo se move na direção contrária a ordem
O caos tem fortes aliados
Sim, somos cumplices de suas ações
E não, não fomos destinados a isto
Não há escapatória
Teremos o que tememos
Enfrentar o inexato
Por onde começamos?
Está tudo afundado
e de ponta cabeça
Sim, estamos sozinhos
Abandonados, descartados, infectados!

By: Bruno

Incoerência

A gata é da cor do sofá
ou o sofá que é da cor da gata?
Que seja, pintaram a parede toda de qualquer jeito!
Ana não gosta da gata
que tem a cor igual a do sofá
Fumaça de cigarro inconstante
palavras incoerentes
falta de coesão, sentido!
Mas a gata é da cor do sofá
É a mimetização...
U-A-U que incrível
A porta abriu-se
Tossiu-se
Quem manda fumar?
Vamos embora ler vai!

By: Bruno

sábado, 13 de novembro de 2010

Incógnito

I

Nada de produtivo faço
resolvo que escrever sobre
um eu desocupado é melhor
melhor em quê sentido?
Seria uma oportunidade
para um possível questionamento?
Sobre o por quê de tantos elementos
mórbidos estarem tão presentes na minha escrita?
Ou falar sobre um amor que nunca chega?
Estou eu imaginando coisas?
Minha loucura, como dizem, teria me dominado?
Sei que não passo de uma sombra incógnita
esperando ser levada pelo vento arrebatador
O vento que espalhará os milhares de papéis
Que escrevi em meu escuro quarto...

II

Seria errado ter colocado tantas interrogações no verso anterior?
É tão errado falar somente sobre mim por um instante?
Só estou aguardando a sombra apagar o que resta desta
inútil forma humana que adquiri
Não é somente sobre o meu tédio mortal
motivo do meu questionamento filosófico
que queria falar
Apesar que onde está a filosofia disto aqui?
Esperarei por uma voz que mudará meu estado de incógnito
Trará total sentido a este grande vazio
Mas sem nunca remover este tédio mortal
Tédio da vida, vontade de falar sobre foices, unhas diabólicas, abismos
Seria tudo isso mais inútil do que simplesmente ignorar a inspiração?
Ficar numa vida vã é a vontade de muitos
E por isso o talento desaparece
Não quero que tirem a única coisa que até hoje não me deixa pensar
no grande ócio que é a vida humana
Pecado é desdenhar sobre a forma que adiquirimos não é?
Queria saber a razão de eu ser uma sombra incógnita
Esperando pelos elementos naturais
Que apagarão qualquer traço dessa existência dimensional
Qualquer relação que denominam passado-presente-futuro
será apagada por eles, antes mesmo de ser notada
Será isto que eu desejo inconscientemente?
Um fim discreto e rápido?
Imperceptível como sou em existência?
Vai saber...

By: Bruno

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A foice

Foice da morte
foice escondida
foice misteriosa

Que absurdos aguardam
aquele que a tirou de seu esconderijo?
a foice não se sente segura
provoca ilusões
ilusões de gozo, de vida e de morte,
alucinações infernais
queimam os olhos de quem a observa
apodrece a mão de quem a toca

óh foice intocável
rasgue a carne de seu oponente
devore sua alma
provoque a perdição do abismo

óh foice que obriga seu usuário a escrever
tal coisa mórbida
tal inutilidade pública
force-me a ser mais criativo
aposto minha alma à tua malignidade

óh foice aponte-me o caminho do romantismo
da ficção e da alucinação
para que eu aprenda a ser mais humano

óh foice, me ajude a passar no teste
a ser um humano louco
ceifador da sanidade
do bem estar
e dos bons costumes

Não que eu queira realmente
parar num sanatório
mas foice, ajude-me a ser eu mesmo
faça isso pela alma que apostei
pela sua gula por almas humanas
ou não faça nada
destrua o mundo, seja o puro mal
que deseja ser
faça o que quer no final das contas
mas sempre ouça seu mestre
seu mentor
sou o mal maior, pois
aprendi com a verdadeira mestra do mal
ao menos torça, para que eu fira o mundo
seja com um meteoro
seja com um pequeno arranhão!

By: Bruno

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Clarão

Pessoas no quintal
olham assustadas
para o além
viram algo metafísico?
Foi uma questão de segundos
após isso um som inexplicável
o rugir das nuvens
a fúria do olimpo
troveja durante uma noite
escabrosamente calorenta

Segue grossos pingos
atmosféricos
apaziguadores
esbatem a aspereza desta
noite calorosa
terrívelmente calorosa
agonizantemente calorosa
óh chuva inquestionável
traga-me paz
refresque-me
languidamente
A cada trovejada!

By: Bruno

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Poema da reforma

dor de cabeça, transtorno
espirro com uma náusea sufocante
essas pessoas, hei de livrar-me delas
inúteis aos meus propósitos
estercos metafísicos,
mas me enchem de alegria as vezes
ironia, é não poder ir
da porta além
ruidosamente quieto
barulho maquinário
industriosamente destruindo
uma paz que já não há dentro de mim
hei de gritar?
não, assustaria meu companheiro felídeo
também revoltado, enclausurado
em mesma situação, de seu humano
amigo!

By: Bruno

domingo, 7 de novembro de 2010

Negação

Não contes minhas glórias,
pois não as possuo
Não escrevas sobre mim
não dou personagem bom
Não me dê sua atenção,
pois viciarei nela
Não tome para ti
este coração indigno
e nem me dê seu amor,
pois sou somente o lado ruim
dos humanos; uma presença nefasta

Não me aconselhe, pois
não aprenderei
Não espere nada de mim
sou vazio de emoções
não as mereço
fui reprovado como humano
agora sou condenado
a uma existência agonizante.
Nascer me estragou a saúde
e nem morrer a traria de volta
Vivente como uma sombra
não hei de merecer nada
Minha morada é o vale
do medo e do horror
meu coração morbo
abriga somente a podridão
da vida vã, dos sons da cidade
e do silêncio do cotidiano.

By: Bruno
"Procure no dicionário a palavra amigo, e a nossa fotos estará lá"

Dedico a todos vcs meus amigos!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poema do agora

O carro se colocava
as crianças brincam
bolas se batem
a árvore chora gotas de orvalho
os gatos da vizinha miam
a árvore da esquina remete uma solidão
que esta árvore que chora não tem
a tevê do vizinho está ligada
a luz da rua também
o menino me observa
a moto passa
a gata se lambe
é o agora se tornando o passado
ao menos que você volte no tempo
passado se tornará presente
foi um futuro?Talvez
planejado, não, com certeza
miado, descontentamento, reprovação, FIM

By: Bruno

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Álvaro de Campos
A página continua em branco
o coração sangra
não sei como falar o que sinto desta vez
é como um corte profundo
mas não estou morrendo
não consigo me lembrar da cor dos seus olhos
esse amor hemorrágico não leva a lugar algum
a alma é partida em pequenos grãos
e lavada pela água
sem conseguir se purificar
forçar a mente é um gesto vago
não há como lembrar daqueles dias
corro pela chuva
buscando os traços de um vulto
que acaba de virar a rua
eu não deveria me importar
deveria render-me à treva
ao conforto do grande abismo
para onde todo aquele sangue meu
deve ter escorrido

By: Bruno

Canção do Exílio distorcida; Ode de Haloween

Minha terra tem palmeiras da califórnia
os gatos daqui não miam como os de acolá
comem os pássaros que piam à goçalvez dias
as bruxas voam aqui
como não voam acolá
esta terra, dona de uma brisa leve
carrega aquelas moças cadavéricas
em suas vassouras, com seus gatos pretos
meu amigo diz um aff
desapontado
mas hoje é dia muito feliz
carrega livremente este ar nefasto
por sobre nossas cabeças
a magia está solta
as abóboras mais assustadoras
observam-nos, fixamente
há gente queimando
nas fogueiras
purificando suas almas
amantes do haloween
cantando uma melodia
irreconhecível
enquanto alguns comemoram
seriam estes mais amantes do haloween
do que nós?

By: Bruno

Romã

Minha romã romãzinha
cheirozinha, coloridinha
Tens vergonha querida?
Pois saiba que não precisa benzinho
Tu és docinha como a pera
que meu tio mostra

Essas lâmpadas que tem aí são pequeninas
e devem dar um gasto danado né?
Fiquemos no escurinho da treva
Tua flor não me espeta como a da rosa
cuja clareza remete à luxúria
Tua pureza me encanta
Pureza de romã, beleza virgem de botão de flor
a desabrochar
Te esperarei querida, leve o tempo que quiser
enquanto coleto essas palavras inexatas
de um banco de dados cósmico
que minha mãe cansa de aludir
Será verdade?

By: Bruno

Vampyroteuthis Infernalis



Ode aos moluscos

Criaturas pálidas, multicolores
pintam o abismo com tuas presenças
Dai vida a mais fastia das lulas
morba, espectral, amorfa
Viva a vampyroteuthis
companheira abissal
dos sonhos profundos
dos pesadelos horrendos
ludibria meu imaginário
questiona meus sentidos

Olho o vaso vermelho do móvel
e me lembro dela
maravilhosa nefasta condessa da treva
Óh demonologia inexata
Cobrem dela uma explicação,
pois eu não a tenho
Só aludo a beleza amorfa da querida
Vampyroteuthis Infernalis

By: Bruno

domingo, 31 de outubro de 2010

Adeus oh luz solar

1
Para quê querer-te bem
oh infindável luz da vida
se você fere bruscamente minha visão?
Interrompe abruptamente os meus sentidos
oh inocente luz que se vai
devo eu partir antes da sua volta,
pois você não há de me fazer bem algum
Somente recobro os meus sentidos
quando aquela que durante a sua estada
neste danoso céu retorna das profundezas
É de meu agrado a ilustre compania e somente
dela oh gloriosa escuridão
Devo pedir-lhe gentilmente
que me mostre a modesta face
do abismo, sua morada
seu e meu luar?

2
Para que serventia se presta
ser humano?
Hei de enumerar os desprazeres?
Oh humanos, ando tão cansado de vós
não encontro motivos para amá-vos
nem para odiar-vos
Mas há o fastio acontecimento
de os desprazeres desta vida, desta espécie
e desse corpo superarem em demasia os
tais prazeres...
Humanos: apresentai um de vossa escória
e diga se não é uma maçada a luz solar?
Humanos: um último pedido
e então deixo de vos atormentar
enumerem os desprazeres e os prazeres
e tentai convencer-me!

By Bruno
Como seria ver teus olhos uma última vez?
Estancaria meu coração que sangra inesgotavelmente
não hei de querer outros amores
somente o teu me faz sentir vivo
somente o teu me atrai para fora da treva
me faz querer ajustar-me
hei de voltar um dia?
deixarei destrancada a porta
onde naquele passado luxurioso
conheci a felicidade
porém com a falta do ópio
percebo que não passava de alucinações
ao menos você como humano era real...

Como aquele sentimento embriaga nossas mentes
ludibria nossos corpos
entrelaça nossas almas
e não é real?
Permanece naquela lembrança enevoada
o reflexo dos seus olhos
um poderoso azul
avistado através daquele espelho
mesmo que por só uma noite
aquela visão dominadora
domina até a ação destas palavras atuais
obrigam a reescrever até mesmo
o que não passou de alucinações
sobre aqueles olhos azuis como o céu
e salgados como o mar....

By Bruno
Não há o que ser escrito
que já não exista em algum lugar
neste vasto, vago universo
multidimensional, tedioso
qual seria minha função então?
re-inventar o já escrito?
entristecer-me a base de
palavras e pensamentos
profundos porém pífios?
é certo, este grande tédio da vida
nunca passa, escrever só alivia
uma dor psicossomática, inexistente
mas essencial,
dor essa que aniquila a esperança
e enfeita a solidão.

Se estas palavras jamais te alcançarem
vou pegar meu corpo vivo e jogá-lo fora,
pois a busca constante por esses fragmentos
chamados felicidade, despedaça minha alma
Para que tantos caminhos?
você está em todos os lugares?
Então leve-me diretamente a você
já não basta o meu tédio
a minha dor? a minha função inexistente?
Mesmo que for tudo uma ilusão
quero perder-me nela
fazer da minha mente mil pedaços
guardar no meu coração a sua ternura
colecionar os sonhos que um dia foram teus...
Não quero fugir desse sofrimento
quando já estou suficientemente alienado
não me renderei, nem mesmo a luz poderá vencer-me
nesta escuridão, junto às cinzas
minha função não está obsoleta!

By Bruno

sábado, 30 de outubro de 2010

Façam um chá

óh mulher descabelada
faça um chá e penteie sua crina
que não rima
menino ajuda
menino morena
sua prosa é igual
a da mulher descabelada
faça o chá também
que rola vintém
óh menino morena
avisa se a água fever
fala ok
e rola vintém
ciclicamente
toma a escova
e entrega à mulher descabelada
quando aquela massa de cabelo se ajeitar
acabarei de escrever essa coisa
só riam
e façam de conta
que eu não zoei
vocês

By: Bruno

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cemitério de poemas

Por onde passo
vejo o vago
como algo inexaurível
como algo tão industrioso
pode estar neste lugar descartado?

Há vultos inexatos que
vagam inéptos
por essa vastidão indelével
olho para suas faces
me desaponto;
não havia rostos
só um vazio
por onde a ignorância flui inexorável
porém sem contaminar o meu ser

A cada paisagem desta indígna terra
pedacinhos de papéis voam e pousam
cíclicamente, inesgotáveis
pouso minha mão em um deles
e nada se pode extrair dele
inelegível, sincrético

Meu andar sincroniza cada vez mais
com o andar daqueles vultos síncopes
seus sibilos soam como lamúrios incoerentes

Percebo que todos e tudo
inclusive eu caminhamos para o desconhecido
vazio, morbo, obliterando
aos poucos
Não há ob-rogações, um fim múltiplo
nutrindo a ignorância absolutista obituária
da mente...

By: Bruno

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Balada do ataque cardíaco

1
Um dos meus eus morreu hoje
estava andando calmamente
quando caiu inerte
apenas observei
não falei nada
ri disfarçadamente
e um dos meus eus morreu
hoje, e ficou lá
ninguém reparou
foi um doce momento
mas era tarde
um dos meus eus morreu hoje
e ninguém saboreou a doçura daquele
momento, mas foi mesmo assim
só eu ri e fui embora

2
Aquele eu queria tanto
saber sobre outras vidas
agora o desgraçado foi
conferir pessoalmente
eu espero que ele não fique frustrado
nada é interessante nem nesta
nem em qualquer outra vida!
É tudo uma grande maçada!

3
Depois que aquele eu morreu
fiquei só, foi estranho
nunca fiquei só na minha mente
não sei como lidar com isso
será que invento outro eu?
É divertido conversar um pouquinho
e depois ver meus eus morrerem!
É como um copo que cai
e se espatifa e se torna milhares de pedacinhos
pedacinhos de memórias
que eu recolho e moldo
com um novo rosto e um novo assunto
Um dos meus eus morreu hoje
nem me espantei, apenas ri
e voltei ao ócio diário.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Trecho interessante do "Cidade e as Serras."

"...Não se sabe quem vai, nem quem vem. A gente vê os corpos, mas não vê as almas que estão dentro. Há corpos de agora com alma de outrora. Corpo é vestido, alma é pessoa... Na feira da Roqueirinha quem sabe com quantos reis antigos se topa, quando se anda aos encontrões entre os vaqueiros... Em ruim corpo se esconde bom senhor!"

Citação da personagem Tio João do Cidade e as Serras, achei particularmente interessante esta pequena divagação sobre reencarnãção, da pequenina aparição de um velho fictício na minha vida.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Poema aos amigos!

Gean traze-me folhas brancas
hei de fazer uma poesia
Muyoi amiga, desenha tu
uma personagem bonita
hei de fazer uma grande poesia
alienada, subversiva
Cida, alerta tu sobre a chamada
Mingau observa tu a tua rua
se acontecer algo interessante
por favor vem me contar, pois
não quero que meu tédio
contamine a minha poesia
Aninha vamos ler?
Haverá de ser a primeira
Gean cadê minhas folhas
quero começar agora, pois
meu tédio fica mortal!
Cida já chamaram?
Mingau, e a rua?
Chama tu se acontecer alguma tragédia
Quase esqueço! Muyoi e a minha personagem?

By: Bruno

A mulher que canta

Calai as crianças
Emudecei os velhos
Pois quero ouvir
a mulher que canta

Bocas que mastigam
Olhos que giram
Mãos que seguram
Pés que batem
Stop!
Prestai atenção
à mulher que canta

Bocas que falam
Olhos perdidos
mãos ao ar
Parai!
Prestai atenção
à cor do batom
da mulher que canta
Divinamente...

Vai e vem
Zumzum
Would you Stop?
Dai pausa e ouvi o refrão
pois é lição de vida!
Quero ouvir mais uma vez
a mulher que canta
Que me encanta!

By: Bruno e cida!
O cara do pão passa
chama as pessoas
elas vão;
lhes são fornecidas o seu alimento
come-se, bebe-se
mesma frieza incalculada
mesma monotonia rítmica e imprevista
acalentadora e rotineira
de uma segunda-feira
o cara do pão se vai
as coisas já não são as mesmas
agora se tem o pão

By: Bruno

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Me identifiquei com essa poesia:

O Falso Mendigo

Minha Mãe,manda comprar um quilo de papel almaço na venda
Quero fazer uma poesia.
Diz a Amélia para preparar um refresco gelado
E me trazer muito devagarinho.
Não corram,não falem,fechem todas as portas a chave
Quero fazer uma poesia.
Se me telefonarem,só estou para Maria
Se fôr o Ministro,só recebo amanhã
Se fôr um trote,me chame depressa
Tenho um tédio enorme da vida.
Diz a Amélia para procurar a Patética no rádio
Se houver um grande desastre vem logo contar
Se o aneurisma de dona Ãngela arrebentar,me avisa
Tenho um tédio enorme da vida.
Liga para vovó Nenen,pede a ela uma ideia bem inocente
Quero fazer uma grande poesia.
Quando meu pai chegar tragam-me logo os jornais da tarde
Se eu dormir,pelo amor de Deus,me acordem
Não quero perder nada na vida.
Fizeram bicos de rouxinol para o meu jantar?
Puseram no lugar meu cachimbo e meus poetas?
Tenho um tédio enorme de vida.
Minha Mãe estou com vontade de chorar
Estou com taquicardia,me dá um remédio
Não,antes me deixa morrer,quero morrer,a vida
Já não me diz mais nada
Tenho horror da vida,quero fazer a maior poesia do mundo
Quero morrer imediatamente.
Fala para o Presidente para fecharem todos os cinemas
Não aguento mais ser censor.
Ah,pensa uma coisa,minha Mãe,para distrair teu filho
Teu falso,teu miserável,teu sórdido filho
Que estala em fôrça,sacrifício,violência,devotamento
Que podia britar pedra alegremente
Ser negociante cantando
Fazer advocacia com o sorriso exato
Se com isso não perdesse o que por fatalidade de amor
Saber ser o melhor,o mais doce e o mais eterno da tua puríssima carícia.

De: Vinícius de Moraes

domingo, 10 de outubro de 2010

O homem vendia doces
nesta noite docemente fria
este homem abordava gentilmente a todos
murmurando surdamente uma palavra aleatória
mostrando sua cesta, a palavra devia referir-se a ela.
No momento em que mostrava-me sua cesta de sortidas cores
pensava, eu, na minha desbravadora desventura
neguei rapida e pequenamente, com um gesto da cabeça
Em outro momento não tão distante
uma mulher pergunta ao próprio imaginário
sobre a possível abertura da porta
a moça se vai e a tinta terminando
esta pequena coisa, com relutância talvez
tentando colocar mais detalhes sórdidos e superficiais
mas a mente pede um basta por agora!

By: Bruno

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mosquitos

Msquitos imaginários contorcem-se
esperneiam, fazem barulho
interrompem a concentração de meu amigo
parecendo alucinações, sendo alucinações
de um alucinógeno e rico imaginário
que é a mente humana
ou seria apenas uma dança tecno?
Mistérios, devaneios, alucinações
o ópio nunca foi presente, mas está presente
como se existisse, como se habitasse seu cotidiano
assim como aqueles mosquitos imaginários
e a música tecno.

By: Bruno

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um criado mudo

Palavra realmente interessante para descrever e relacionar a funcionalidade que esta peça de madeira representa, executa em um quarto.Por vezas a gata passeia provocativamente sobre ele, importunando a ordem daqueles itens solitários, como estátuazinhas de gatinhos, um abajur meramente decorativo, uma ampulheta que não conta os minutos do resto da vida de ninguém da casa e umas pedrinhas salpicadas juntos aos inúmeros livros empilhados a espera da apreciação de suas histórias.Uma gaveta foi largada aberta desde o início desta competição, e o homem distante fala sozinho.
-Tem nada para ver na televisão, -E em seguida mastiga sua comida.

By: Bruno

sábado, 18 de setembro de 2010

"Só a dor traz o sentimento de revolta, junto com as oportunidades de progresso"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Show da Diana Krall


Quiet Nights... foi em resumo uma noite ótima, teve até uma briguinha numa mesa perto da minha, que fez a cantora olhar para nós, me pergunto se ela me viu...
Voltando para casa de madrugada, na última lotação, minha mãe deu 10 reais a um motorista de uma lotação e ele desviou da rota e trouxe-nos em casa! Lembrem-se sempre de subornar o motorista se for a última lotação da noite gente, sempre funciona!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reila

Desde que eu te conheci, quantos machucados eu suportei? E quantos me suportaram?
Queria que você contasse só pra mim quando estivesse deprimida, e não pra todo mundo
A verdade foi queimada nos meus olhos
O que é você; imobilizada pelo silêncio, pensando?
Eu não preciso de uma razão se ao menos você a retornasse para mim

O quão mais é você; que se tornou nada
Mais machucada do que eu, que fui deixado para trás
Mesmo que nada tenha começado
Mesmo que eu ainda não tenha dito essas palavras à você
Em algum lugar

Reila...
Mesmo se eu tentar dizer o seu nome
esta voz não te alcançará
Reila...
Abra seus olhos e sorria para me mostrar que foi tudo uma mentira...

Vamos à algum lugar amanhã, se for um lugar que você deseja ir
Eu irei até lá, não importa onde seja

Você sempre foi assim, desde que eu me lembro
Você estava indo pra algum lugar
Mais uma vez me deixou pra trás e correu sozinha
Não posso mais te alcançar, não posso mais te alcançar
Mesmo já tendo te encontrado
Tudo que eu guardei dentro de mim transbordou
Tornou-se lágrimas e vazou

Reila...
Essas palavras que eu não pude dizer
Reila...
Eu canto-as pra você aqui e agora
Reila...
Eu te amo mais do que qualquer um
Reila...
Eu te amo, eu te amo...

O quarto em que nós dois estávamos está do mesmo jeito de antes
eu não tranquei a porta pra você poder voltar pra casa à qualquer hora
Estarei sempre esperando por você, mesmo sabendo
Ainda posso ver sua figura abrindo a porta

Amanhã você certamente voltará pra casa, certo?

Por: The Gazette

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Espanhol faz bem para a alma!

Le deseo volar

Sólo quiero amor y compartir todos mis sentimientos,
Conozco a un amor que puede fazerte olvidar la tristeza que te hace mal... Enamorado que de los sueños
vanos usted ha cumplido...
Si sólo hay que querer volar,
puede contar conmigo,
le doy todo mi apoyo ...
Si lo desea,
puede volar
alcanzar el cielo
sí se puede tocar el cielo
y también puede llegar
a las estrellas y yo en el amanecer.

...

Que la lluvia moja mi piel, pero nunca a mi corazón ...

Soy un chico enamorado de tu afecto
Me quedo con la respiración
de tu sonrisa
que me trae la felicidad ...
Dame gozo de verte,
no te olvides de quererte,
me sigue lloviendo en lágrimas,
porque te extraño amor
Y tengo tanto miedo de perderte en un instante...
Sólo sé que camino con su empresa,
mi divino ángel
con alas de cristal
me protege de todo mal ...

Autor: Fernando De Morais

domingo, 29 de agosto de 2010

Blue bird

Você diz que se pudesse voar,Você nunca mais desceria,
Agora você só tem olhos para àquele azul, céu azul

Você ainda tem que aprender o que a "tristeza" é
E só agora esta entendendo o que é "dor" Até o que sinto por você
Tem que ser expressos por "palavras"
Assim que você acordar de um sonho em um mundo desconhecido,Abra as suas asas, e tome vôo!

Você diz que se pudesse voar,Você nunca mais desceria,
Você é destinado àquelas brancas, brancas nuvens
Você sabe que se conseguir superar, vai encontrar o que procura,
Então, continue tentando se libertar,
Para àquele azul, céu azul
Azul, céu azul,



olhe, você está tão cansado de olhar para essa gaiola,
Que você está se jogando para fora,Sem nunca olhar para trás,
Isso faz você latejar e perder a respiração,
E você chutou a janela até abrir para fugir

Você disse que se pudesse correr,Você iria conseguir
Você está sendo tentado por àquela distante, distante voz
Deslumbrante, ela agarra sua mão
Até você perseguir o azul, céu azul

Eu compreendo que você está caindo,Mas, ainda assim, continue atrás da luz.

Você diz que se pudesse voar,Você nunca mais desceria,
Você está procurando por àquelas brancas, brancas nuvens,
Você sabe que se conseguir superar, vai encontrar o que procura,
Então, continue tentando se libertar, para àquele azul, céu azul.
Azul, céu azul.
Azul, céu azul.

de: Ikimono Gakari

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Castelo de areia

Construi um castelo de areia
em um mundo de silêncio
lamúrios ecoavam dentro do castelo
coleciono estrelas cadentes,
pois elas aquietam esses lamúrios
e o brilho se mistura ao cinza mudo,
se deteriorando junto comigo
tudo se torna aqueles lamúrios
que se refugiam silêncio eterno
naquele pequeno castelo de areia
ordináriamente padecendo
invadido vagarosamente
pelas trevas silenciadoras
que infestam esse mundo
desabitado e de um profundo e eterno silêncio

By: Bruno

sábado, 14 de agosto de 2010

Olho da sorte; olho do azar

Éramos três jovens, mas deles não darei muitos detalhes, pois o importante é a nossa estranha história. Sempre que voltávamos da escola, tinha um casarão velho, de aspecto sombrio, desse tipo que põe medo na maioria. Mais estranha era a habitante do lugar, uma mulher que sempre ficava na janela da casa e nunca abria os olhos. Diziam que ela ficava em todas as janelas da casa, ao passar da tarde. Muitos falavam que já a viram em duas janelas ao mesmo tempo, o que intrigava mais e mais o nosso grupo. Durante meses passávamos em frente ao casarão, inventando histórias malucas, mas nada mais maluco do que o que a realidade preparou para nos assolar.
Planejávamos por meses invadir aquele casarão, como um desafio, para que descobríssemos os mistérios ou apenas uma verdade triste. Ocupávamos todas as horas dos nossos dias refletindo uma oportunidade para entrarmos lá. Naquele dia lembro-me de ficarmos de tocaia na sorveteria que ficava em frente àquela casa sombria. Quanto mais olhávamos mais a rua toda parecia tomada por uma escuridão estranha e nefasta. Olhávamos atentamente, através do vitral daquele estabelecimento gélido, todos os movimentos daquela casa e por horas esperamos. De repente, debruçado sobre uma mesa escuto um grito bem animado:
-- É agora! -- o moleque mais alto gritava subitamente para instigar o mesmo ânimo nos outros.
Todos agora bem dispostos e ansiosos assistiam a estranha mulher bater o portão da casa com todo o ódio, e estranhamente andar com os olhos fechados, como se estivessem abertos, não esbarrando sequer em uma pedrinha. Todos esperavam encontrar a solução para o mistério daqueles olhos em algum objeto, ou algo assim.
O portão, nem foi considerado um obstáculo, sobrepujado que foi pela nossa agilidade juvenil. Em seguida, ultrapassamos a porta da frente e o mais estúpido disse que ela nem notaria o vidro quebrado já que nem abria os olhos. Todos repudiaram a ação, mas, mesmo assim, continuamos sem sequer pensar em reparar o dano. A sala era grande e suja, com farelos de pão nos cantos, como se tivessem sido varridos e deixados lá por preguiça, e havia também fiapos de poeira flutuando com graça por entre o grupo. Decidimos não nos separar, pois não havia luz e como as misteriosas janelas estavam fechadas de um jeito que não se podia abrir, parecíamos enclausurados lá. Todos se sentiam mal por causa do ar pesado de casa assombrada. Então "o do meio" sugeriu que subíssemos as escadas para ver os quartos, e fomos. Escolhemos a porta mais sombria, e com um encontrão, ela já estava se socando contra a parede. Lembro-me de ver um do meu grupo cair desmaiado, e era não para menos, pois o que vimos ali, é demasiado aterrador. Um cheiro podre, e quando nós que estávamos de pé, chegamos perto, vimos que era um monte de pombas amontoadas e bem decompostas.
Nos arrastamos aterrorizados até ao que estava caído, e quando ele acordou, o que foi em segundos, saímos correndo e nos refugiamos detrás da u única segunda porta que se abria.
Era um cômodo muito mais amplo que o minúsculo quartinho empesteado com o terror, mas era muito mais escuro que o anterior. Estávamos mortificados ainda, tremíamos como uns ratos encurralados, quando olhamos para trás vimos que existia, no meio daquela escuridão um vulto que parecia nos observar. Ansiávamos por um fim ao mistério que nos prendera lá, então novamente o mais estúpido gritou:
-- O que quer de nós?! E desesperadamente correu em direção ao vulto, que riu demoniacamente;
-- O que querem de mim? Vocês invadiram, e ousam perguntar! como se fosse várias pessoas falando, o vulto falou e cabelos negros começaram a surgir e formar um vulto com silhueta feminina. Foi quando vimos que, daquela aura que o cercava e destacava, era aquela mulher que não abria os olhos!
Uma gritaria geral, oriunda do nosso pavor, ecoou pela escuridão, fazendo a criatura, que adquiriu aquela forma para nos meter no mais profundo terror estava rindo, enquanto o mais estúpido corria e, quando chegou bem na sua frente, a viu que não havia, por baixo daquele manto ,uma forma palpável, desesperado, olhou para o rosto dela, quando viu seus dois olhos pela primeira e última vez.
Nós que estávamos na extremidade da porta, nos perguntando como aquilo foi parar lá, ouvimos um grito horrível de agonia, seguido de um barulho de mala caindo no chão. A risada diabólica ecoava em seguida. Lembro-me de ver aquilo se aproximando de nós, e meu amigo, do meu lado disse rápida e bruscamente, é ru-bro, caía para o lado, sem vida, enquanto eu virado para a porta desesperadamente tentando abrí-la.
Um olho que brotou da porta, branco com uma expressão sem vida, encarava o meu desespero, e consegui quando aquilo se aproximou de vez abrir a porta e corri para uma janela, saltei, caí em um matagal, corri para longa e nunca mais quis saber daquela mulher, daquela casa, daqueles olhos.


Meu primeiro conto de terror... comentem o que acham ^^

sábado, 31 de julho de 2010

Tudo vive por se misturar, por se conectar e influenciar mutuamente um ao outro. Mesmo um mero encontro normal trás mudanças tanto para o corpo quanto para o coração.
Exatamente por você ser alguém que sentiu dor, você entende o que é a verdadeira felicidade. Tenho certeza que você vai poder ensinar isto. Você só precisa acreditar!

xxxHolic
"Você não pertence só a si mesmo. Não há nada neste mundo que pertença só a você. Todos têm relações com outras pessoas e compartilham algo com elas por meio destas relações. É por isso que não somos livres. Mas é por isso também que somos incríveis, somos tristes e somos amados."

xxxHolic
"Para experimentar um certa quantidade de felicidade...você também deve experimentar a mesma quantidade de infelicidade, como pagamento...em outras palavras: um ponto de vista mais alto exige um vale mais profundo”

xxxHolic
“As pessoas vivem apegadas àquilo que traduzem como correto e verdadeiro, assim elas definem a realidade. Mas o que significa o correto e o verdadeiro? Meramente conceitos vagos ... subjetivos A realidade deles pode muito bem ser uma miragem. Podemos considerar que todos simplesmente vivem em seu próprio mundo, amarrados e cegados por suas crenças" não acha?

Frase do anime Naruto
"No tear que tece a nossa vida, não há pontas soltas. Todos os fios estão entremeados entre si... e estão... revestidos de significados"

xxxHolic

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Polar Bear

My shoes are made by a Polar Bear
Suddenly his store's closed
Even if I've knocked the door, rung the chime
I'm waiting for you on the ice field

My shoes are made by a Polar Bear
Where you've gone alone?
The snow is still falling and fading your footprints
How can I find a way?

Your big the tip of fingers had a lot of funny magic
You had worked on the piece of mine's for I'll be able to walk alone

You and I've not take a pledge
'Cos I can't disturb your freedom
But please don't forget if you could not come back
I'm wearing your special

The dazzling light is shining
And it makes to sink the castle
So I should decide to leave from my dear place

My shoes are made by a Polar Bear
Suddenly his store's closed
Even if I've knocked the door, rung the chime
I'm waiting for you on the ice field

My shoes are made by a Polar Bear
What do you watch from there?
But please don't forget if you could not come back
I've worn these 'cos they've made me special
I'm wearing yours that made me special one

Por: Tsukiko Amano

sábado, 17 de julho de 2010

"O passado atacará frequentemente o presente com a dor de suas memórias."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Jamais desconsidere a maravilha das suas lágrimas. Elas podem ser águas curativas e uma fonte de alegria. Algumas vezes são as melhores palavras que o coração pode falar.

Por: William P. Young

terça-feira, 13 de julho de 2010

Objetos Amaldiçoados

A torneira

Qual seria o mistério daquela torneira estranha e torta? Choramingava umas gotas
de igual estranheza, sem forma, sem sentido, beirando a imoralidade.
Certa vez não quis mais gotejar e pôs se a abrir sozinha e despejar uma enorme quantidade de um liquido negro e desconhecido, causando espanto a tudo e todos que a miravam, todos a detestavam, mas eram vãs as tentativas de retirá-la de sua pia. A pia era seu domínio, seu mundo, cercada de morbidez, como o autor está agora. Não fazia nada além de despejar asco de si para fora, num ato intencional e quase criminoso de causar medo nos corações mais variados, de pessoas igualmente variadas. Era um ciclo imoral de coisas sem sentidos, oriundos de todo o mistério daquela casa amaldiçoada.

by: Bruno Borin
Eu olho para o por do sol
como se não houvesse outro amanhã
me sentindo como se não tivesse nada novo para contar
olho para tráz e lembro de tantas histórias que me contaram
só sobraram fragmentos e palavras separadas
o que será que aconteceu com tantas memórias?
tudo parece distorcido visto de longe
não me recordo se eu mesmo mudei
e se tudo se diluir na água?
e tudo o que sobrar forem manchas de um passado distante?
não faria diferença se ninguém lembrasse certo?
depois de tantos sóis e tantos luares
só resta essas memórias diluidas e sem ninguém para lembrá-las.

Por: Bruno Borin
Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio.

por: Clarice Lispector

domingo, 4 de julho de 2010

tradução da Letra do Cdz

A Terra a girar (Chikyuugi)
(Adaptação: Rafael de Agostini / Tradução: Fernando Mucioli)

Ouvir uma canção / é melhor do que chorar
Receba o meu calor / ao invés de se entregar

Não acho que / o mundo possa mudar
Tão fácil assim / a luz dominar
E com as trevas acabar

Tem que lutar / acreditar / até o fim

Vou caminhar, vou caminhar, até te encontrar

Mesmo que devagar / se eu puder me aproximar
Dos pedaços de sonho / das pessoas que eu amar
Não sei quanto vai durar / mas não desistirei
De poder te entregar / o amor do qual sonhei

Ao invés de pensar / em toda dor / que nos faz desistir
Vamos nos concentrar / e acreditar / que vamos conseguir
Não vou perder, nem me entregar / eu sei que vou me machucar
E mesmo assim, e mesmo assim / meu destino é lutar

As coisas que conquistei / foram todas por você
Não quero te perder / quero saber te amar
Desde que ouvi sua voz / nunca mais me enfraqueci
Receba o meu calor / ao invés de se entregar

Mesmo que devagar / se eu puder me aproximar
Dos pedaços de sonho / das pessoas que eu amar
Não sei quanto vai durar / mas não desistirei
De poder te entregar / o amor do qual sonhei

Sempre, sempre a girar
A Terra gira e fica a mudar / pra sempre
Vença o tempo e a razão / e sonhe
Para sempre ser feliz / e amar

Mesmo que devagar / se eu puder me aproximar
Dos pedaços de sonho / das pessoas que eu amar
Não sei quanto vai durar / mas não desistirei
De poder te entregar / o amor do qual sonhei

La La La La La La La

Ouvir uma canção / é melhor do que chorar
Receba o meu calor / ao invés de se entregar

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Shinjitsu no Uta

O carmesim se propaga
O sol envolve tudo
Brilha ao norte
Ontem e Hoje

Neste crepúsculo
Nossa imaginação esboça,
Concluindo
O que nós não terminamos?
Agora mais que nunca
Canção da verdade exponho-me

Para ensinar o significado de ir e viver
É instintivamente tão pouco
Eu me sujo sim, farei sozinho
Mesmo ferido até mesmo se me perder

A Canção da Verdade
Corre neste peito
Mais uma discussão
A ser resolvida Agora, qual caminho
É o mais importante?
A canção da verdade despreocupadamente negligenciando

Assim como quem também sorri ternamente
Sempre a observar o que é a escuridão e
Sentindo também que algum dia se apagará

Sim, agora quando termina e eu me sujo
Corre neste peito agora mais e mais

Canção da Verdade será o início da estrada

Por: Do As Infinity

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tsuki Ni Murakumo Hana Ni Kaze (tradução)

Uma voz está sussurrando...
A profundeza da tristeza se contorce
O tempo está ressoando...
Uma pessoa que passa indo através do tempo e espaço

A revelação da Lua é dançar para
um sonho em um único momento eterno
Nascer à uma Flor, florescer à doçura
A condolência da Lua é o prantear para
a chuva em único momento eterno
Desejar que cortassem as Nuvens e
acalmassem os Ventos

O último momento está oscilando...
A ardência do açoite muda completamente
O sedimento está se modificando...
Em frente à retribuição isso se torna breve

A revelação da Lua...

A ostentação das Flores resida a partir do vento
A época das nuvens cortadas é cantada com reverência

A revelação da Lua...

Por: Onmyouza

sábado, 19 de junho de 2010

"Dor é inevitável, sofrer é opcional."

sábado, 5 de junho de 2010

"O mundo oculto é um sonho, como a verdade das memórias da noite."

xxxHolic

Pequena crônica de indagação sobre uma mulher suspeita

Dadas as atividades dos demais vizinhos, de vida corrida, porém monótona, esse contraste constante e habitual causou-nos o motivo dessa indagação! Divagarei sobre eventuais possibilidades a seguir:
O fato chave da intriga são as constantes idas e vindas dessa criatura no meio das noites, deixando seus filhos imaturos, porém adultos ao deleite de uma solidão de mãe desnaturada. E o costume de certas outras pessoas animalescas, não comentarem somente sobre sua pobre vida é intimamente instigante a vossa curiosidade.
Noitadas a parte e períodos de dormência ao dia, seguidos de urros aos inimigos da casa à frente, seria essa a vida de uma mãe de família? Não haveria um trabalho a se seguir, formando uma rotina igualmente monótona?
E o fato que torna isso morbidamente interessante é o fato de uma quarentona com anca de animal e comportamento equivalente a uma besta engaiolada e furiosa, é a tonalidade de seus cachos, um amarelo ovo, nauseante e de grotesca juventude.
E assim fica ainda a indagação sobre sua pobre vidinha, seu cabelo e suas atividades instigadoras de curiosidade, coloquemos um fim nisso, caro leitor, não que assunto falte, mas por que temos mesmo coisas mais úteis a serem feitas, até logo!

By: Bruno
O silêncio mais profundo
reservado apenas a mim é abafado
pela agitação de suas palavras
minha revolta surda não o impede de continuar
então só há lamúrios por minha parte
mas estes só são audíveis a mim.

Me sinto vazio em meio a todo esse caos
O que aconteceu com suas palavras?
Será tarde demais?
Sim, elas se perderam para sempre
Acho que no final eu tinha que cair
Nessa escuridão infinita
eu reconheço uma parte de mim
e é reconfortante vagar por esse sentimento
familiar e tão obscuro ao mesmo tempo
espero um dia, encontrar aquelas palavras
proferidas, ignoradas, e descartadas
nesta mesma escuridão...

By: Rikudou Shijin

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"The blosson of the death tree blooms for those who deserve the torture of the underworld."

By: Rikudou Shijin

domingo, 30 de maio de 2010

Gestos insensíveis tocam minha alma
como a brisa cortante do mar
respondo com pouca pretensão,
pois nada costuma me fazer importar.
Com estas atitudes impróprias chama minha
atenção e de uma maneira idiótica caio,
preso nesta situação que criara,
como uma gaiola, que prende um pássaro a seu dono.
O pesar de suas ações chega a incomodar,
mas acabo aceitando com a leve incerteza
de nada ganhar com isso.

Olhares mistos de curiosidade e interesse
Seu ar sem sentido
entrelaça em minha confusão
fazendo minha cabeça girar
estou preso em uma espiral de sentimentos idealizados
e meramente faço de você,
uma ponte entre essa realidade manchada,
e o meu mundo.

By: Bruno e Gean
Não há nada além do esquecimento eterno, para aqueles que se autocondenaram.

domingo, 16 de maio de 2010

Tudo o que desejamos vira lixo quando tocamos
entre essa realidade e o meu ideal
há apenas o desejo de realizar
as façanhas de um coração manchado
nem saberei por onde começar
mas a ganância pulsa junto com a escuridão neste coração...
Será que gostarei desse novo eu que surgirá
qual será o próximo desejo quando este se tornar um lixo?

By Bruno

sábado, 15 de maio de 2010

Kouga Ninpou Chou - Abertura do Basilisk

O acúmolo de nuvens enconbre
a noite na qual a lua minguante ligeiramente oscila.
A armadilha cruel prende o par de jovens pássaros
ah.o sentimento ardente ainda habita o seu coração
Gentil como a água,simples como uma flor,
e apaixonado com honra.
Minhas lágrimas estão destinadas a escorrer,
mesmo que eu tente impedir,
Elas ainda me lembram você.

Por: Onmyouza

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Glaring Dream

O sussurro que se dissolve na agitada multidão
Faz com que as memórias se espalhem e manchem meus pés

O calor da rua em que eu caminho e me perco, cegando-me de um jeito único
Me ilumina friamente e me congela

Os tempos frios fazem com que os sonhos caiam como chuva
E escorreguem entre os meus dedos
Quando eu acordei desses incontáveis desejos
Você estava refletido em uma brilhante ilusão:
A silhueta cujo fraco sorriso me dá forças pra continuar

As palavras que tenho para te dizer estão caindo numa rotina sem sombras
É como se eu falasse comigo mesmo

Mesmo com os dedos tremendo, eu agarro esses sonhos
E mesmo sem encostar neles, eles acabam se despedaçando
Até mesmo certas coisas não são de confiança:
Se eu acreditar em algo, poderei estar com você novamente?
Está desaparecendo, a silhueta daquele dia

Nessa vida de inverno, olhando para essa pálida e morta estação
Eu, que já não estou mais de pé, fui levado embora

O vento sopra, fazendo com que isso seja deixado para trás
Até as saudades estão crescendo paralisadas pelo frio do meu coração

Os tempos frios correm nos nossos sonhos, mas são pegos em suas mãos
Quando eu acordei desses incontáveis desejos
Você estava refletido em uma brilhante ilusão:
A silhueta cujo fraco sorriso me dá forças pra continuar

Por Kotani Kinya, Glaring Dream

terça-feira, 4 de maio de 2010

Koe

Se você ainda estiver vivo, sob o mar
Cortarei ambas minhas pernas e me tornarei um peixe

Se você chegar perto o bastante de mim para cair nas profundezas
Me tornarei uma sombra, perambulando na escuridão sem fim

Livremente indo a deriva do ar, minha vislumbrante neblina,
Apenas lembro dos dias que não foram concedidos a nós
Você não está aqui
E sei disso, eu sei disso...

Nascendo, nascendo o sol
Purifica este lugar
O selo esculpido em azul
É levado embora pelo quente, quente vento...

Se estas palavras jamais te alcançarem
Vou pegar meu corpo vivo, e joga-lo fora

O agora, que apagou as minhas vivas feridas
As suas emoções, que roubaram tudo
Eu as cobicei, eu as procurei
Ainda que elas fossem ilusões

Desaparecendo, desaparecendo, seu calor
Me segue até este lugar
Seus braços que poderiam limpar até mesmo punições...
Eu quero dormir embraçada entre eles

Nascendo, nascendo o sol
Purifica este lugar
Seus braços que poderiam limpar até mesmo punições...
Eu quero dormir embraçada entre eles

Desaparecendo, desaparecendo, seu calor
Me segue até este lugar
O selo esculpido em azul
É levado embora pelo quente, quente vento...

Os estilhaços das memórias estão sendo arrancados
Os furos que se acumulam em mim não são o bastante
Estou esquecendo - está obscurececndo-
Sua voz desaparece na gritaria

Estão sendo arrancadas, estão caindo
Os furos que me ocupam não são o bastante
Sem deixar rastros - estou esquecendo
Sua voz está se tornando a gritaria.

Tsukiko Amano, Koe

O que Diz a Morte

Deixai-os vir a mim, os que lidaram;
Deixai-os vir a mim, os que padecem;
E os que cheios de mágoa e tédio encaram
As próprias obras vãs, de que escarnecem...

Em mim, os Sofrimentos que não saram,
Paixão, Dúvida e Mal, se desvanecem.
As torrentes da Dor, que nunca param,
Como num mar, em mim desaparecem. -

Assim a Morte diz. Verbo velado,
Silencioso intérprete sagrado
Das cousas invisíveis, muda e fria,

É, na sua mudez, mais retumbante
Que o clamoroso mar; mais rutilante,
Na sua noite, do que a luz do dia.

Antero de Quental, in "Sonetos"

sábado, 1 de maio de 2010

Novo começo com novas postagens! (novo ânimo)

Correntes

Estou preso neste mundo
algo me puxa pra baixo
me afundo em sentimentos confusos
mas a sensação não me é estranha
eu te vejo dormir
e tudo o que temo passa a não significar nada
você é como uma corrente
que não deixa o que sobrou de mim afundar de vez
você me ensinou a ver o nada com um tudo
e assim poder prosseguir
com o que sobrou de mim

Por favor me prenda mais forte,
pois sinto que logo
essa corrente se romperá
e todos os meus medos voltarão
faça com que tudo se torne nada,
faça com o que meus olhos parem
de desprender gotas de tristeza
pois eu não tenho nada a que me apegar
tudo o que sobrou foi você
e essas correntes que prendem o resto de mim aqui!

By: Bruno
“O chapéu voa da cabeça do cidadão,
Em todos os ares retumba-se gritaria,
Caem os telhadores e se despedaçam,
E sobre a maré,
A tempestade chegou, saltam à terra,
Mares selvagens que esmagam largos diques”
(Jakob Van Hoddis, poeta expressionista)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Esparsa ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos
e, para mais me espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
Assim que só para mim
anda o mundo concertado.

Camões é demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Shinigami no Ballad

Subtítulo: Momo the girl god of Death (Momo a garota deusa da morte)

Escrito por K-Ske Hasegawa, conta a história de uma Shinigami Branca e seu gato Daniel (ele pode falar, que interfere no mundo dos humanos por ser sentimental, quando estes têm algum remorso para com aqueles que ficaram.
A série tem 6 episódios ao todo, cujos nomes são:

1. Sua voz
2. Um dia como um peixe
3. Além da luz
4. A mágica do outono
5. O brilho de uma libélula
6. Jornada do coração

Shinigami no Ballad


Em breve um post sobre este anime muito bom!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

menina dos olhos de mel
me fascina me domina
me faz pensar em que mudar
para apenas te agradar

com seu lindo corpo
domina e me fascina
não só a mim
mas a todos que passam por aqui
se me desse uma chance de te conheçer melhor
poderia te agradar e te fazer delirar
iria fazer que seus sonhos se realizassem
pra você nao esqueçer
o quanto amei você

Por: meu primo xico

quinta-feira, 18 de março de 2010

sóbrio
eu nao quero ser o cara que ri o mais alto possível
aquele que não consegue ficar sozinho
não quero mais ficar até as 4h da manhã
o único que não estará em casa a essa hora

o sol está me cegando....
não consigo dormir de novo
eu estou descobrindo...
não é assim que a história deve acabar

eu não quero ser o cara que preenche o silencio
por que eu sinto que a festa vai acabar?
o silêncio me assusta por que ele grita a verdade

não me fale que tivemos aquela conversa
pois a única coisa que vou lembrar é do sabor da embriaguês
então guarde o seu folego para outra hora

não é assim que a história deve acabar
girando girando
me procurando sóbrio
e sem ninguém
não é assim que a história deve acabar...

By Bruno

domingo, 14 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Gênio

Poesia nova!

Este sentimento negro está bloqueando minha mente
preciso de tempo para pensar
qual será meu próximo passo?
a verdade lá fora existe apenas para que eu possa me esconder?
Qual é o sentido disso tudo?
não posso pensar enquanto esses sentimentos bloquearem minha razão
onde será que encontro razão por traz de toda essa sanidade?
será que vale a pena correr o risco de ser normal ser seduzido por essa onda?
Não procuro a razão por motivos fúteis
apenas fujo dessa realidade caótica
a procura de um lugar que eu possa chamar só meu
"lar", nunca usei essa palavra...
com que sentido os normais se apegam a este mundo?
toda vez que olho para o céu, refletindo sobre minha posição nesta distorção
penso que poderia abrir mão disto que chamo de meu, em busca de algo maior
mas toda vez que chego perto de uma solução,
não vejo meios de alcançá-la e me perco novamente nesse terrível sentimento
por que?

Amo ela!



Parallel Lines

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

In Those blue eyes
I got lost
It gave me happiness
I was my summer love
If everything was everything
Maybe those blue eyes
would mean so much more
Than two single blue eyes
If everything was everything
I could have my happiness back
Anyway... I got lost in...
Those eyes
blues eyes

By Bruno ^^

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poema

Os dias se passam vazios
O que há com esses destinos que nunca se cruzam?
Não enxergam nada além de tristeza
Não percebem a pureza de se viver!
Não sabem mais o que é certo e errado
Estão vivos? Como poderiam saber?
Como num filme mudo
os sentimentos se silenciam tardiamente
e é quando surgem os arrependimentos
mas o que há para se fazer
esse tempo gasto nunca reaparecerá!
Desculpe mas essa é a realidade
Não sobrou nada além de amargor
corroendo essas almas aos poucos
e fazendo delas apenas rabiscos
nessa noite chuvosa.