sábado, 26 de março de 2016

Outono...


Chegou o outono
Nada diferente, mesmo,
Se Gaia vestisse um quimono.

Bruno Borin

Chegou o Outono: As máscaras caem
Como as folhas mortas que ao secar
Do cíclico ardil da criação revelassem:
A vida nunca soube se libertar!

Quanto a mais a tediosa, a humana,
Cheia de grilhões, seja nas fantasias;
Nas instituições, tomadas de pilhérias
Está condenada ao lastimoso fadar!

Sem apreciar sequer o poente fatigado
Com o lucro fixado em mente 
A tecer preces de talento ofuscado

Perder-se-á tudo, não só as cores, 
Nas vidas que se passam; só sentem
Aquilo que os marcam e deixam dores!

Bruno Borin

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