segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rotina

A copa da árvore
Desenha com sua delicada sombra
Pequenos detalhes que são apagados
Pelos passos dados no mármore cru
São Paulo formiga
E São Pedro lamenta
Há mais gente aqui
Do que há no inferno
O passar rápido do maquinal movimento
Me é incomodante aos olhos
Tantos detalhes em tantos vultos fragmentados
Formigando num metrô eternamente
A inércia da rotina corrompe tanto ou mais
Que o ópio ou o absinto
Que tanto me admira em não existirem mais

By: Bruno

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