Minhas mãos gélidas procuram mais espinhos para se encravarem, não sei o que há neste hábito, mas traz o conforto da dor. Dor esta que alcança os limiares do psicológico. Por mais que meu sangue escorra por entre meus dedos, sei que na pequena poça que se formará envolta dos meus joelhos, estará o reflexo de um gesto puro.
A ausência da dor me causa náusea e estranheza, talvez seja a redenção das pétalas, que finalmente se notaram sem espinhos, portanto sem defesas. Elas aplicam uma leve mágica em meu morbo corpo, transportam-me para uma zona de imaginação morta, porém rica em vida e realizações. Me encontro atazanado, todavia purificado, diante de uma porta madrigal de esperanças renovadas e respirações tranquilas. A visão de um futuro sem caos.
By: Bruno
Acho que primeira no que diria "prosa poética" comentem ^^
Caro Bruno, singelas palavras, por grande semelhança em encontrar-me nelas, as vejo como se fossem escritas por mim a punho. Rasgando os versos estrangulados na garganta verozmente tapados pelo monstro chamado contentamento... Como já dizia o grande poeta. Grata por ter feito reter tuas palavras, fora brisa leve a deslizar sobre minh´alma tão fadigada...
ResponderExcluir