sábado, 16 de abril de 2011

Koe

Minha visão deturpada mostra um futuro sombrio
As respostas que procuro não podem ser avistadas agora
Mas sei que estão em algum lugar da sua mente labiríntica
Não sei o que posso fazer sem meus sentidos em totalidade
Estendo a mão e agarro um pouco do nada
Admirado com os vultos transitantes
Seus olhos cruzam-se com os meus
E sinto uma pequena ânsia, mas ainda tateio o gélido ambiente
Sei que me olhas por uma janela imaginária
Não custaria nada gritar o meu nome
Não vou confundir sua voz com a gritaria abundante
A chuva goteja calmamente no chão pisoteado
Apagando meus rastros
A cada passo me distancio do eu que você costumava admirar
O quanto será que me perdi em mim mesmo?

By: Bruno

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