Pelas cores que tingem o mundo, escrevo:
Em Imagens divergentes do mesmo sepulcro
Encontro as criações em variegado enlevo;
Perspectivas se formando daquilo que é pulcro.
Somente descalço se pode sentir a Una melodia,
Porquanto a pálpebra demente nos turva o prisma,
Onde cor e som se fundem em uma única ousadia.
E a verdade se salva de herméticos aforismas.
No sibilar da verdade se acha a incerteza
Caminhos cruzados, onde o espírito se enlaça
E o recomeço se dá na dor mais lassa.
Perder-se nas inversões é inevitável clareza
Luz é sombra e sombra é luz, pois baça
É a visão e a Trova perdida é a rota!
Bruno Borin
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