Da oculta efígie, assombra seu reflexo;
Ignota emoção a pesar na memória,
Encrustada melodia, em amplexo
Cerceando os feixes da ígnea e merencória
Reflexão, sob os habituais códices
Do mesmerismo sem bússola, trançada,
De forma a ser sempre reavivada
Em crepitantes e ríspidos vértices,
Que cadenciam em esmerados véus
E em negrume envolvem os sentidos
Forçando os lassos dizeres, vertidos
A singrarem condenados como réus
Na tribuna do coração, deambulando
Como o verme na lápide, a roer
E roer, até o derradeiro sonâmbulo
Calcinado, em eterno cálculo, esmorecer...
Bruno Borin
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