Esperando colher em tela prata
Um tenro fruto do pensamento,
Ferido pelas sutilezas do alento
Ao Singrar pela surpresa inata
Rumo aos rastros vagos e imersos,
A correnteza do imaginário decanta
Óperas em meandros crepusculares,
Para onde vão os vocábulos sem lares.
As Musas cantam os acidentes científicos
Das valsas que dançamos em sonho mastigado;
E sob um silêncio rigorosamente encrespado,
As escrituras do sentimento são impudicas
Lareiras Negras, de onde o espírito manifesta
Seu rebelado brado contra Chronos opressor,
Na tentativa de ser livre como o sempiterno alvor;
Sem as disformidades de se mendigar as Serestas.
Enquanto a doçura florida das estrelas encantar,
Os céus se farão abismos para a mente curiosa
E com a angústia de não decifrar a Mentira ciosa,
O Artesão degustará do amaldiçoado fruto
Do outono do pensamento.
Bruno Borin
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