Confronto o sonho e sua litania,
Encontro um eco nesta travessia,
Não sei se de, tonitruante voz, jazia
Somado ao algoz, simples arritmia.
Antes que mais vozes me invadam,
E meus prados, sitiados, obscureçam;
Teço, teço a renda íntima do sentir
Com o tecido conjuntivo do bramir
Porque em cada poema há uma gota
de sangue, que infame, brota,
Sem o devido corte, que reboa
No imaginário, este que afoito troa
Nos reinos da criação, galgando nota
Por nota, do indizível que se assoma.
Bruno Borin
Bruno Borin
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