Com olhos para o céu, me procuro,
Me perdi no meio de tantos eus
Nascidos do rumor das árvores
Que, frisadas pelo vento
Gemiam de frio, sugavam seiva
Fofocavam eriçadas, farfalhavam
Embriagadas com suas próprias toxinas
E eu? Tantos eus... Passeata
Manifestação em prol da esfinge,
Sentimento esfíngico manifestado,
Porta escancarada ao eterno retorno
Ancorado silábicamente ao epitáfio
Do sonho acordado, onda além-vida
O silêncio dos passos,
No horizonte de concreto,
Zumbe a verdade dos meus eus
Perdidos na claridade sombria
Das lâmpadas fluorescentes,
Constelação elétrica, suspensora
Das eternidades, metáfora dos negócios
Imaginativos, vozes de tantos eus calados
No sonho fragmentado,
Forjado pelo idioma das efemeridades.
By: Bruno
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