Quero ir para onde eu não exista
Eu anoto meus silêncios, minhas noites
E até anoto o inexprimível
Para que se fixem em mim vertigens
Para que a minha pálida razão pare de me esconder o infinito
Quero desregrar meus sentidos
Para que eles não me acusem de extorção
A minha carência me cobre de fantasias
Tentei inventar novas flores
Só para colocar no jardim que só eu imagino
O que eu anseio eu não posso obter
Porque não jaz em menhum mundo
Somente reina nas alucinações
E estas, nem são opiáceas
Minha mocidade por tudo foi presa
Superprotegida e ao mesmo tempo desvairada
Por delicadeza ou escândalo que eu acredito no inferno?
O frio é tão confortante
É por onde o sol se esconde
Que eu posso andar imaginando
As valsas que um anjo cruel
Apronta com os humanos!
By: Bruno
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