segunda-feira, 9 de maio de 2011
Balão
O mundo é igual ao seu apeitite profundo
As palavras lidas engrandecem ao resplendor das lâmpadas
As figuras, as imagens, retorcem em uma espiral nas estampas
O coração cheio do saber respeitavelmente profano
As flores trazem a alma cheia
Instigam nuvens disformes
Volúptosa fome de segredos enormes
Suas pupilas mordem e degredos que os cobreia
Estouram como um balão ligeiramente
Um balão, dois balões, três e até dez
Sãos suas vontades e o meu espanto misturados
Cérebros em intimidades, sôfregos apunhalados
Seus passos em volta da figueira abalam minha solidez
Seu tédio não se desfará como as estrelas
No ateu céu esquisito, ilusional
Curiosidade ávida, credo como és infernal!
Festim inglório que me rói as costelas
Não é do meu feitio maldizer
Mas é de mal agouro estourar um balão
Lapidado com confiança humana e frágil
Feito carmessim ágil
A percorrer as veias em aflição
O hábito posto a correr
Incoerente e em suma danoso!
By: Bruno
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"As flores trazem a alma cheia
ResponderExcluirInstigam nuvens disformes"
As flores são tão misteriosas rsrsrs
Muito lindo o poema,gostei bastante deste
Beijoss-*-