sexta-feira, 13 de maio de 2011
Mephisto
Preso por fios nas mãos do destino
Eu evito a luz arisco com sopetão repentino
A manhã taciturna me é odiosa
Viventes se comportam de forma tão caprichosa
Que asco!
Cubro o sol de um negro véu
E assim afronto a luz do bonançoso céu
Minha loucura acende sob a luz dos lumiares
Para ser taxada e reprovada por rústicos olhares
E eu grito fortemente: Eu odeio a luz
Que se faça a arte
A partir da crueldade
Pois só há graça e esplendor
Na morte! Belo espectro sonhador
Revoltem-se mas me deixem em paz!
O âmbar da minha carne no abismo jaz
Eu destruirei a luz
Como a guerra que lhe faz juz
E de rima em rima
Cada vez mais olho para cima
E me vejo distante de seres que a vida prezam
Pois meu rancor e sofrimento de nada pesam
Nem meu pensamento
E nem estas pífias tentativas de ser nobremente
Um poeta
Posto que numa alegoria incoerente
Me escondo malditamente!
By: Bruno
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De expressividade plena e rebelde poeta maldito, muito bom.
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