domingo, 6 de março de 2011

Lágrimas Negras

Não consigo contar mais as noites
Em que o luar não me acompanhou
Preso em amores, meu sonho é revestido de significados
Que eu não posso encontrar agora
Mesmo que a resposta esteja perto
Minhas lágrimas negras não me deixarão enxergar
Num mundo onde vive-se de enfeites que escondem a fraqueza
O mundo dos vivos é um sonho permanente
E o sonho noturno, então se torna a realidade
Não consigo suportar sozinho
Mas você não está aqui para me apoiar
Não quero que mais nada se quebre
Pois o pouco já se tornou o nada
Contaminado pelas minhas lágrimas negras
Meu corpo todo já não se meche mais
Me sinto inerte, porém consciente
Por capricho eu suportei dores que não eram minhas
Mesmo sabendo que você não me recompensaria
Prefiro jogar meu corpo morbo fora
Se eu não receber sua afeição
Não vê?
As consequências que acabaram por desabar meu mundo
Giram em torno de você como linhas vermelhas
No entanto, eu nunca consegui dizer uma só palavra
E você escapou, tornando minhas lágrimas corrompidas
Um desenho negro e absurdo
Que tento apagar
Em vão...

By: Bruno

2 comentários:

  1. Aaah, amei, é incrível o modo como eu me identifico com o que escreves, esta perfeito, parabéns.

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  2. Questionamentos bem confessionais e românticos diria, um tom expressivo dolênte bem ao ultrarromantismo, surpreendes poeta.

    Um cordial abraço.

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