Carrego um embrulho pequeno
O que foi fechado ali
É um mistério
E nunca abri
Apenas o carrego
Com ele, farei a melhor poesia
Mãe, pai: guardai em segredo
Não quero que ele seja aberto inapropriadamente,
pois farei a grande poesia
Tia, leia minhas últimas publicações
E guarda as palavras
Que eu responderei o que significam
Tio: se tiver uma piada nova ligue para mim
Vó: me aguarde, um dia me juntarei a ti
Nunca saberei o que há no embrulho
Será o segredo do universo?
Será o segredo do abismo?
sei que carrego-o em dias especialmente chuvosos
Não há motivo aparente
Sei que há a poesia
E há no aroma especial da brisa
A leve curiosidade que não satisfarei
Preciso que tragam folhas de almaço
Para a aclamada hora
Quero que toquem bem alto
A música japonesa que eu escolher
Para o momento da escrita
E que assim eu repouse a mente
No teor das letras esquecidas
E das palavras que montarei com elas
Somente assim, morrerei livre
Meu cargo é o reino das palavras
Minha alma acalenta-se mornamente
Somente nas noites onde há a escrita
É assim que vivo, morro, canto, bebo e principalmente
Me vicio...
By: Bruno
Um dos poemas mais bonitos que li dos teus, moderno porém com uma carga lírica incrível, a busca incessante, as emoções de modo tão singular expressas e todo o contentamento do poeta diante da sina de viver e existir. Parabéns Borin,
ResponderExcluirAbraço!!
Ficou perfeito! Muito, muito bem escrito, me deixou curiosa no início, depois me senti encantada e agora estou completamente encantada. rs Já disse que adoro a maneira que escreves, né? Parabéns. *u*
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