Quando foi que girei as fechaduras
E me tranquei dentro de tantos outros
Estes tantos quartos sutilmente salobros
Com suas escuridões tão, tão duras...
Tão escuro, tão firme, quanto presente
Este Outro: pés, mãos e rostos indispostos
Que fito perplexo: Olhos que não me sentem
E Sou tão sólido quanto meus suspirosos
Eus, que também são Outros, pedaços
Extraviados, feitos de pano tão garboso
Que na tentativa de me descobrir, ouso,
Mesmo temendo o material, com baços
Tateares, sentir o frio que em verdade
Era meu antes mesmo de ter multiplicidade!
Bruno Borin
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