Vem regelar em mim com sua vibração
A chuva que em seu ápice
Me despedaça com mão tão doce
O pentagrama que desenho em minha mão
Translada em mim o marco de outro mundo
Anematizado em forma poética
Delineia em meu espírito fraco
O sentido das coisas que quero ser
Que quero escrever, sentir
Frente à essa grotesca balada
Que retira do vento do mundo
Todo este pesar que é viver
Vertendo ao meu corpo dolorido
Mil faces, centenas de gostos
Horrores e desgostos
Demônios e falsos deuses
Já nem sei que traje impúdico vestir
A fim de lograr como um príncipe perfeito
A dança macabra que remexe estes esqueletos
Que tanto vejo e desvejo
Os temores mais corruptos como vermes
Atacam meus mortos favoritos
Como um cemitério odiado pelas estrelas
Doravante esse escombro
É matéria viva prostrada à ignorância
Ao tédio e à falta de curiosidade
Que circunda o mundo em grandes afagos.
By: Bruno
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