Nestes bons meses de chuva
Eu sinto as gotas amadas caindo
Como o vinho que coadjuva
As melhores ideias pipocando e fluindo
As estrelas trementes dividem seu lirismo
Semeado nestas modestas rimas indiscretas
Que contam histórias que rangem como gavetas
Quando se abrem para contar seus cinismos
Vultos fantásticos e arbóreos
Mais impressionantes que o carvalho mais escuro
Condecoram estes êfemeros traços de existência corpórea
Com suas sombras e assombros, manias e algazarras mais obscuras
A luz que é refletia naquele rio sujo
Conecta loucamente as gramas e extratos arbustivos
Da margem à sua vida fluente e corruptiva
Lenta e provocativamente como um caramujo
Nestes bons meses de chuva
Somente o frescor ácido dessas gotículas
Agitam do coração, minhas aurículas
No alcoolismo langoroso das melhores uvas.
By: Bruno
A chuva de fato é grande inspiradora, e interessante o saudosismo relacionado a ela, é a mesma sensação que sinto quando a contemplo, muito bom poeta Borin,
ResponderExcluirum cordial abraço.