A luz da manhã ilumina um corpo dormente
Sob o asfalto cru adornado por pétalas amassadas
Ele tem frio, percebe-se pelo olhar triste e calado
Sem vestígio uma vida foi tomada indelicadamente
O sangue misturado com a luz do sol fraca
Tinge aquele pelo branco desarrumado
O viver se perdeu da vista desconfiada
A desolação possui uma cor opaca
Aquela alminha atlética
Jamais verá de novo o ar da noite
Olvidado pelas almas rachadas e ao açoite
Das sensações fúteis e heréticas
Alma posta num devaneio tão solitário e tórrido
Devaneio que nem separa esta vida da morte
A um longo olhar verde cume dotado de realismo
A inexistência configura algo tão aleatório e sem sorte
Agora não é mais matéria viva
A bradar por noites e pernoites sem malícia
Deus tem piedade desta longa miséria
Não deixe que o vazio aquela pureza arquive.
By: Bruno
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