É antes da solitude que minha alma é doente
Quisera que, exalando aromas de saúde mental
Sussurasse sílabas que formassem algum reino venal
Para que o amor, grande afluente;
Derramasse seu punho despótico e irado
Sob a forma de grandes olhos esverdeados
Sem as purezas falsas e taciturnas
Para que nas minhas visões noturnas
Não sejas todo delírio e mania
Como minhas sílabas que fluem em cadência
Dos meus ferimentos ébrios e dessa fúnebre cantoria
Que passeiam neste coração triste com tanta dolência
Respirando como ressequida rosa
Quero afundar meus dedos trementes
Nos teus cabelos inconsistentes
Que me encantam de forma tão criminosa
Assim engolindo meus arquejos mudos de súbito
Afogarei minha aflição e meu lamúrio se permitir
Posto que o meu fervor onírico atiça minha súplica
Colocando dócilmente a cabeça em teu ventre, se para tal me coagir
E dormirei um sono doce como a morte
Ah, que sua paz para sempre me reconforte!
Não quero apenas invocar tais horas ditosas
Em um sonho distante, é uma clausura
Quero algo além da formosura
De um amor de sensações várias e langorosas
O que eu almejo é uma paz indefinida
Sem alvorossos que eclipsem minha aventura
Nem mais a loucura que atravanca infinda...
By: Bruno
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