A noite contém emanações de profundas súplicas
O silencio nos toma com seu passo arrastado
A luz que deixa os olhos os torna tão descorados
Asas esquálidas desdobram-se de maneira héctica
As lágrimas vencidas denotam a vã luta
Que fazem meu pensamento percorrer o abismo
Todos os sentidos espiralizam sem conformismo
E acusam um ressentimento dissoluto
Paralisadas às vestes sonolentas
As palpebras lentas e já vazias salientam
Os poentes arrebatadores
Que deitam sobre as sombras e os desflores
Nós, somos o espólio que fica
Em tom insidioso nos afaga o desespero
Com doce voz, que sempre exaspera
As cinzas de uma fatalidade que como vento se espalha.
By: Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário