O que é um soneto, senão parte riso
E parte lágrima que compartilho?
O instante em que a chuva nos tinge
Trazendo a saudade que, impiedosa, cinge,
O momento do abraço ou do beijo,
O carinho que viaja neste proibido Tejo,
E se faz presente onde era mais esquecido
Que sentido! É ao fim, bramido, conversas...
Aquilo com que tu, em lamento versas
Ou também, algo que perpassa teu ímpeto
E que só recobras depois da vil consequência.
Só sei que de suspiros se dá a sequência
De palavras que se juntam em inversa
Gramática, para formar um belo soneto!
Bruno Borin
Nenhum comentário:
Postar um comentário