domingo, 15 de dezembro de 2013

Inversão


O que não faço pertence ao avesso.
Sei quem sou pelo som travesso
Do silêncio que o não-ter faz

As coisas como são, confesso
Pétalas de prata de um excelso
Carvalho, que em minha vida, jaz

Florescem com luz de progresso 
Embora o lustro das folhas 
Amarele um pouco, pobres tolas

Não atrapalham a magia das novas ramagens
Onde novos rebojos verdejam a imaginação
Oriunda de explorar o mundo, em flanagens

Incertas como os ventos de outrora
E o rumor do pensamento,
E da paz dolorida que assola

A eternidade que circula no meu sangue
E que coagula em versos
Como em um copo inverso.

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário