Ó plenilúnio, visto de uma janela com grades
Te maldigo! Assim como me torço por este Hades
Enquanto tudo que podes fazer é trazer-me
Recordações das quais doces dores tentam bendizer-me
Queres tanto assim consumir os sentidos poucos
Que tenho com todas as fragilidades roucas
Que uma voz dissonante usa cada vez mais
Para se apartar de um mundo de superficiais
Caricaturas, onde vãs tecituras permeiam
O caminho que com pedras, arduamente monto
E em prantos, sozinho e firme, percorro...
Céu, sei muito bem de tuas falhas
Mitologia embriagada de amarras
Não vais em tuas viagens me prender
Em Eldorados banais que hão de me arrefecer!
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