quarta-feira, 17 de julho de 2013
Sumiço
Teu corpo de gato canta o escuro
Que ressona uma lua madura e pronta
Para receber tua forma infinita de mundo
Metáfora perdida que colore o fardo humano.
Tentei dizer a mim, a meu choro resistido,
À destilação das luzes da alvorada
Que tu voltarias bem de madrugada,
E ainda tento dizer, sem saber o que pensar.
O que sentir sobre o tempo que marcha como homem,
Ao meu lado como uma sombra irremediável?
-Será que ela também te espera?
Sei que guarda de mim um segredo
Talvez sujo de sangue ou sujo de verdade
Ainda sim... um segredo?
Juncado à lembrança e ao porvir, te espero
Não canso e não sei o que sentir
Será que essa sombra personificada de segredo
Chorou a tua saudade? Talvez ela não
Mas eu sim.
By: Bruno
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Sumiço é delicado. Narra a perda inexplicável, aquela que fica à espera de que não seja. Gostei muito. Sempre penso que perder no mundo um animal é pior do que vê-lo, do que sabê-lo morto.
ResponderExcluirSua escrita é forte, cheia de significado. Aplausos, CibeleBrasilLuz