quinta-feira, 2 de maio de 2013

Lágrima


Nos obscuros desvãos da cognição
Apalpando a realidade, seus estofos laminados
Se confundem com os ares perfumados 
Do onirismo vago e sem pretensão 

O sol cobre-se de brancura e a lua de um laranja
Desgostoso, quente é o destino monstruoso
Que se mostra aos poucos tempestuoso
E permeia o céu com baça franja

Nestas condições, a lágrima furtiva
Se faz roçar na alva pele 
Hábil e pérfida fugitiva

Atravessando clandestina
A fronteira misturada da verve
Entre sonho e realidade pungitiva.

By: Bruno

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