Lágrimas sinuosas escorrendo
Embaçam o brilho do luar
A inconstância já não pode se firmar
O leito do sorriso se espalha turvo
O sangue flui insustentável
A dor ramifica, mutável
Os pássaros já se foram todos
Só sobra os olhos fixados
No lenho escuro dos galhos
Viver um sonho, sonhar uma vida
Viver perdido na tênue linha
Que separa o encaixe das estações, sina
De quem guarda o mundo em destaque
No coração, que embora cansado
De sentir, sempre inspira a alma em desfalque
Devo seguir o vento que emana geada
Dispersando folhas secas de uma árvore
Sob a sombra de seu tronco juncada
Há nele a mensagem que umedece e amacia
Os campos solsticiais da alma
Com o orvalho da harmonia.
By: Bruno
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