Na clareira ao pé do lago
Emerge a figura sonhada
Em meio à outras luzes
Ofuscadas por não existir
Na sombra surge a nostalgia
Que dorme e se faz presente
Que castigo irreal sentimos?
Por nos iludir por algo que não revelamos
Tanto é feito por entre a luz e a sombra
O nada é conquistado pelo subterrâneo
A assombrar a estagnação das mágoas
Como uma mão a afagar a coluna arrepiada
Jamais restituirá o olhar conquistado
Expressivo à nossa concepção
Porém em descrença por parte agitada
Da pessoa que passa, pensando em si
Meu pálido sorriso contém alguma angústia
Que talvez manche as pontas dos seus dedos
Seus joviais dedos que eu protegeria se capaz
Se eu pudesse esconder minha hesitação
Ou o final horrível que o toque da mão jovial
Pode me proporcionar caso aconteça despreparadamente
Porque eu não conheço a espiral de tempo que eu temo
Por falar em mãos, as minhas trementes
Remetem a algo que eu embora conheça
Não posso controlar, você não pode entender isto
A impossibilidade congela-se então abandonada
O descompasso do meu coração
Nunca vai adornar a quietação
Deste mundo solitário e informe
E eu nem sei dormir, com as esperanças vazias
A mágoa ancestral me domina inconsciente
Em incertos dias em que o tempo não procede
Nem a complexidade procede
Querendo viver eternamente
Sob a vastidão do meu cansaço
A postergar o fim que almejo
Toda vez que cansado e ansioso
Com sede ou fome
Arrepio ou mágoa
Colho a desistência em versos.
By: Bruno
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