As noites sempre rolam em meus olhos
Pois, como as gaivotas deslizando acima do mar
Como as árvores sem voz pairando suas folhas ao clarear
Sigo tentando não derrubar as escuridões que acolho
Estou cheio de modernas velharias
Passarinhando por desejos e desprezos
Vultos, trapos e desbotadas calmarias
Contorcendo minh'alma com seus vários pesos
Estraçalhem estes meus restos de sentimento
Até meus ossos desparafusarem, cansado
Até este luar particular desaparecer, tomado
Queria não precisar sonhar, por um pequeno momento
Ah a modernidade nos trouxe ventos artificiais
Os acho tão saudáveis e meningocócicos
Mas não tão melhores que os depressivos ilógicos
Os bons que percorreram os luares abissais
Por vezes tornando mais um em caído
Intoxicando e rompendo em complexidades
Embora permanecendo em seu álamo adormecido.
By: Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário