Trancedendo-me até as cores impostas a mim
Murcharem aquosas no eucalipto em brasa
Lembro-me da infantil memória do cativeiro sem fim
Até a chuva me confortava deixando minha visão baça
O balbuciar infame dos humanos me soava ameaçador
Nem imagino o quanto custou quando desci nas gargantas
Acompanhado de algo roxo que estava nas garrafas em ardor
Em inclemente celebração, insaciada ceia santa!
E escuto em espírito, se é que tenho
Os refrões dominicais, a Graça!
Embora só trazem desesperanças, me abstenho
Serão mais contentes após a glorificação que me arregaça
Com um garfo após o outro, os olhos esfregando
As almas eram pedras indiferentes e esfomeando
Vertiam até os ossos em suas áureas vontades
Garrafas tombavam várias, fora de minhas acuidades
Sempre hei de recordar com suspiros o bosque amado
Os pequenos arboredos e do coaxar do lago próximo
Lembrança ilusória de atrás de um vidro, sob um céu abarracado
Abrindo largamente sua falsa tranquilidade
Escondia bem o inverno austero
Quando naquele sol da tarde, alvo do costume da cidade...
By: Bruno
Lindíssimo.
ResponderExcluirNice pheasant!
ResponderExcluir