Eu sei que os inúmeros parabéns e festividades
Soarão como manequins desprezíveis e noctâmbulos
E que a vida lhe traz sinistro horror, como os sonâmbulos
Quem sabe eu neste estilo maldito não te trouxesse alguma irrealidade?
Assim quero que tua viva caveira
Levante a fronte zombeteira
À moral deturpada da cristandade
Tal não pertencida moralidade
Mesmo que sejas poço de culpa e defeito
As grades insaciáveis de teu peito
Devem viver toda prosa e poética
De todas as vidas heréticas
Daqueles que dançam horrivelmente
Nutridos pela espiral livre
E aqueles inspirados por Le bateau ivre
Pois alcanças a maioridade magistralmente
E sua ironia junto com sua insânia
São sim percebidas e admiradas
Portanto desejo que jamais sejam abdicadas
Quanto mais neste dia que julgarás cheio de litânias.
Dedicado à: Maykel M. de Paiva
By: Bruno
Complexo daqueles que te deixam vidrada sem piscar um só segundo para não perder, ou se perder lendo. Ótimo.
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