Abrasado pelas forças das lágrimas
Em um mundo sem encantamento,
Meus suspiros em leve pátina
Compõem uma tecitura ao relento
Com o céu tingindo minha tez,
Com as matizes das lembranças
Não sei se por minguar a nitidez
Ou por faltar temperança
As quero revividas em melodiosa voz,
Ou se apenas desejaria visita-las
Em sua mais densa e primária foz
Não sei o que pretendo enxergar,
Por fim, da memória em seus gentis
Respingos, ou da vida em seu além-limiar.
Bruno Borin
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