terça-feira, 27 de setembro de 2011

A espera


Folheando páginas e mais páginas
Procurando nelas a linha do horizonte
Perdido entre o que meus braços não podem agarrar
E o que eu não quero soltar
Mas antes que as ideias eu desponte
Saibam que o sol é de longe uma das coisas mais trágicas!

Eu não me importo em contar, embora não sei se devo
Que eu aguardo do tempo uma solução
Aguardo com tamanha prontidão
Enquanto aguardo, eu leio, estudo, escrevo

Os meus vários sorrisos oscilam involuntários
A causa é desconsolação do meu espectro tendencioso
Por muita vez deixei cair os braços sob o por do sol embaraçoso
Eu renego fortemente esta epiderme de medos desarbitrários
Em vão

Não sei que sentimento ainda inexpresso
Me aflingirá de modo sufocante e bem de repente
Munido de um cansaço exorbitante e incondizente
Com a disposição ausente mas com sorriso eu me subestabeleço
Suspiroso

A noite é dama antiquíssima
O ente que entende melhor estas máscaras
Seu xale franjado de infinito é de fato elegantíssimo
Prostramo-nos juntos a ouvir o som das cítaras

Vem solene aquele sono que austera
A dolorosa espera que é esta vida
Cheio de esperança vazia e partida
E a copa das árvores bebem a dolente primavera...

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário