segunda-feira, 27 de junho de 2011
Batismo de Sangue
Ao pálido clarão das lâmpadas languentes
Lembro que perdi o horizonte azul pela manhã
E tento esconder vagamente minha ingenuidade vã
Adentrando em escuridões potentes
Portando olhos mortos e lágrimas preguiçosas
Deixo tombar sobre mim as angústias pesadas
Atravessando sempre movediças estradas
Ah que vida depressiva, que alma ociosa!
Não possuo a gratidão infinita de Deus
Que de sua pálpebra sai um suspiro agudo
O holocausto sagrado, uma redenção muda
Minha horribilidade na verdade é entregue aos breus!
Vou soletrando o amor da ingênua adolescência
Percebo que estes doces clarões nunca me pertencerão
Tateio em vão em busca do meu peito em corrosão
Meu coração ainda vivo e cheio de confidências
O requintado suspirar do silêncio
Arma-me de cruéis loucuras
Anseio por um beijo libertino, cheio de tonturas
Minhas dores se resumem a um abafado suplício
Não é demais pedir por melhores alucinações?
Retorço na cama, banhado de sangue enquanto,
O Diabo em pessoa alimenta uma insanidade atroz
Faz de mim o poeta de seu império, alavancando minhas perturbações!
Enfim perto do dia dos meus anos estou
Refuxos e desejos, ápice dos meus devaneios
Sonhar em ganhar tua presença criando um pequeno veraneio
Óh doce impossível, sei que caminhando para a morte, vou!
By: Bruno
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