Não seria inverossímil dizer
Que os elíseos carregam energias e escritas
Não que sejam erroneas criptas
Meu sentimento, minha expressão dizem-se ao anoitecer
De bom grado escreverei sobre cântigos e neles descrer
Minha angústia é muito pesada para as nuvens
Os nimbos e as columbes são disformes viagens
Para as superfícies assimétricas dos meus eus a discorrer
Sem dúvida descoloro as estrelas
Para que elas não se misturem à sua inocência
E eu não desfaleça horrívelmente em incoerência
Sinceramente, não sei ser sincrético e nada nivela
Meu morno espírito dorme oníricamente
Meu sonho é ser tua paz e teu torpor
Salvo pelo meu idílico ardor
Posto que jamais desejo-lhe mal algum rancorosamente
Que nem Deus lhe faça algum mal
Hei de tomar para mim sua dor
Onde estará a voz da flauta, estará o seu odor
Engolirei o tempo também, para que nunca sejas artificial
O orvalho em meu rosto, parecia vinho forte
Enquanto todos sucumbem, não resisto à morte
Componho em meio à sombras, fantásticas
Embora exarcebo de forma drástica
Sim, eu sinto tudo isto neste coração disforme
Reptilizado e rastejante, arredondado e cuneiforme
São meus desprezados sentidos vulneráveis
Mesmo sob condições nobres e imutáveis.
By: Bruno
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