Quando o pódio ilusório se fecha
Quando todo o rancor se esvazia
Pode até haver um fim
Mas sempre os joguinhos prendem um coração vazio
É ridículo, sempre causando tumulto e fanatismo
Até não restar mais nada...
O conforto produzido por um apetite necrófago
O bem estar dos cérebros vazios
Parecendo personagens de tragédias
Coisas inorgânicas, nulas e imprestáveis
Agindo como um parasita da humanidade
Buscando algum regozijo
Habitante dos pensamentos covardes
Fabrica diariamente inúmeras caveiras
Na inconsciência das máscaras de cera
E tudo o que queremos ver é o seu sofrimento!
Sua dor é ígnea flama
Formação molecular do mal
Sim, é a balada da cólera rebelada!
Cativa o homem civilizado
E nele prende o fardo das guerras
Uma aderência teimosa e ausência de culpa
Eia a sangreira concreta dos massacres
Tudo à espera de mansas vítimas
A fisiologia do nojo...
By: Bruno
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Batismo de Sangue
Ao pálido clarão das lâmpadas languentes
Lembro que perdi o horizonte azul pela manhã
E tento esconder vagamente minha ingenuidade vã
Adentrando em escuridões potentes
Portando olhos mortos e lágrimas preguiçosas
Deixo tombar sobre mim as angústias pesadas
Atravessando sempre movediças estradas
Ah que vida depressiva, que alma ociosa!
Não possuo a gratidão infinita de Deus
Que de sua pálpebra sai um suspiro agudo
O holocausto sagrado, uma redenção muda
Minha horribilidade na verdade é entregue aos breus!
Vou soletrando o amor da ingênua adolescência
Percebo que estes doces clarões nunca me pertencerão
Tateio em vão em busca do meu peito em corrosão
Meu coração ainda vivo e cheio de confidências
O requintado suspirar do silêncio
Arma-me de cruéis loucuras
Anseio por um beijo libertino, cheio de tonturas
Minhas dores se resumem a um abafado suplício
Não é demais pedir por melhores alucinações?
Retorço na cama, banhado de sangue enquanto,
O Diabo em pessoa alimenta uma insanidade atroz
Faz de mim o poeta de seu império, alavancando minhas perturbações!
Enfim perto do dia dos meus anos estou
Refuxos e desejos, ápice dos meus devaneios
Sonhar em ganhar tua presença criando um pequeno veraneio
Óh doce impossível, sei que caminhando para a morte, vou!
By: Bruno
domingo, 26 de junho de 2011
Nós
Mais uma vez o conteúdo do copo se esvai através da minha garganta fértil
Penso em você, na sua silhueta adequada à circunferência lunar
Uma despedida seria mais adequada antes de eu me entregar completamente à loucura
O som do piano é especial esta noite
Os meus pensamentos não podem ser realmente meus
Quero me render, quero que encontre minha sepultura aleatória
Recite meu nome junto do meu lacrimatório
Assim saberei que estou salvo
E que está bem contigo
Mesmo que eu não possa te ver nem ouvir
Meu pequeno copo de absinto
Minha paixão jamais será morta
Ou devo dizer amor?
Ah eu nunca sei ao certo
Mas por você em particular
Com seu selo esculpido
No qual eu quero dormir embaraçado
No qual eu quero morrer assim que me sentir em paz
Portal para minha libertação
Minha alma chora por tua dedicação
Ao simplesmente dizer meu nome
Não quero deixar o tempo passar
As mudanças das estações não vão me afetar
Tento reconstruir toda vez
Sua primeira imagem
Inocente e incoerente
O ralo cabelo e a vestimenta
E se eu existir no futuro
Sei que não vai tentar me reconstruir
Vai na certeza recordar
Figura estranha e de dizeres desconexos
Ah como nossos destinos podiam ter sido
Fortemente iluminados
Nossas duas figuras não cruzaram em vão
Naquele dia lembradamente cinza
Sua cabeça curvada temporariamente
Sua boca expelindo uma nuvem
O derradeiro toque de nossas mãos
Todas coisas extremamente verossímeis
Estou parado física e emocionalmente
Mal seu nome sei
Sou uma praga a mim mesmo
Derramo mais lágrimas por mim
Do que por você que pode ser impuro
Mas feliz, ou mesmo puro e feliz, que seja...
Meu coração é um almirante louco
Por diversos e longínquos mares
Utilizando ilusórias naus navegou
Aniquilando nefastos monstros em busca de saúde
O Diabo avisa-me do meu cansaço
E assim perco o foco
Minhas memórias por vezes embaralham-se
Sempre naufraguei em estilhaços pequenos
Mas sem nunca, desgraçadamente, perder o fôlego
Nem a vida, pálida e esguia, saudosa!
O problema final não é a saudade
É a falta de carne viva ao redor
Posso cativar almas à vontade
Mas ainda sou um parasita do amor
Necessitando verdadeiramente disso
Embora nunca encontrei
Como um baú velho, cheio de recordações
Das quais não me lembrarei mais
Ou das quais desperdiçarei lágrimas
Enfim imune a isso não sou
Frágil como uma garotinha pequena
Segurando um ursinho
Esperarei por ti...
By: Bruno
Penso em você, na sua silhueta adequada à circunferência lunar
Uma despedida seria mais adequada antes de eu me entregar completamente à loucura
O som do piano é especial esta noite
Os meus pensamentos não podem ser realmente meus
Quero me render, quero que encontre minha sepultura aleatória
Recite meu nome junto do meu lacrimatório
Assim saberei que estou salvo
E que está bem contigo
Mesmo que eu não possa te ver nem ouvir
Meu pequeno copo de absinto
Minha paixão jamais será morta
Ou devo dizer amor?
Ah eu nunca sei ao certo
Mas por você em particular
Com seu selo esculpido
No qual eu quero dormir embaraçado
No qual eu quero morrer assim que me sentir em paz
Portal para minha libertação
Minha alma chora por tua dedicação
Ao simplesmente dizer meu nome
Não quero deixar o tempo passar
As mudanças das estações não vão me afetar
Tento reconstruir toda vez
Sua primeira imagem
Inocente e incoerente
O ralo cabelo e a vestimenta
E se eu existir no futuro
Sei que não vai tentar me reconstruir
Vai na certeza recordar
Figura estranha e de dizeres desconexos
Ah como nossos destinos podiam ter sido
Fortemente iluminados
Nossas duas figuras não cruzaram em vão
Naquele dia lembradamente cinza
Sua cabeça curvada temporariamente
Sua boca expelindo uma nuvem
O derradeiro toque de nossas mãos
Todas coisas extremamente verossímeis
Estou parado física e emocionalmente
Mal seu nome sei
Sou uma praga a mim mesmo
Derramo mais lágrimas por mim
Do que por você que pode ser impuro
Mas feliz, ou mesmo puro e feliz, que seja...
Meu coração é um almirante louco
Por diversos e longínquos mares
Utilizando ilusórias naus navegou
Aniquilando nefastos monstros em busca de saúde
O Diabo avisa-me do meu cansaço
E assim perco o foco
Minhas memórias por vezes embaralham-se
Sempre naufraguei em estilhaços pequenos
Mas sem nunca, desgraçadamente, perder o fôlego
Nem a vida, pálida e esguia, saudosa!
O problema final não é a saudade
É a falta de carne viva ao redor
Posso cativar almas à vontade
Mas ainda sou um parasita do amor
Necessitando verdadeiramente disso
Embora nunca encontrei
Como um baú velho, cheio de recordações
Das quais não me lembrarei mais
Ou das quais desperdiçarei lágrimas
Enfim imune a isso não sou
Frágil como uma garotinha pequena
Segurando um ursinho
Esperarei por ti...
By: Bruno
terça-feira, 21 de junho de 2011
Balada do ambiente
A folha está rasgada de dentro para fora
Como o meu coração
Formigas passeiam sem pressa
Afinal são apenas formigas,
Nada que um pouco de glicose as faça feliz
A flor tem uma alma naturalmente murcha
E mesmo assim os passarinhos procuram sua doçura
A estaca não contém o sangue que deveria
Está só velha e inútil!
Os gatos, ah que belos gatos!
Com seus bons olhos registram meus movimentos
Com seu carisma me dominam
E com sua chefia reinam livres!
Eia as pequenas plantinhas
Usurpadas pela fotossíntese
Ora fase clara, ora fase escura
Meras dependentes do sol
Comidas por lagartas
Que magnífica é a natureza!
By: Bruno
Como o meu coração
Formigas passeiam sem pressa
Afinal são apenas formigas,
Nada que um pouco de glicose as faça feliz
A flor tem uma alma naturalmente murcha
E mesmo assim os passarinhos procuram sua doçura
A estaca não contém o sangue que deveria
Está só velha e inútil!
Os gatos, ah que belos gatos!
Com seus bons olhos registram meus movimentos
Com seu carisma me dominam
E com sua chefia reinam livres!
Eia as pequenas plantinhas
Usurpadas pela fotossíntese
Ora fase clara, ora fase escura
Meras dependentes do sol
Comidas por lagartas
Que magnífica é a natureza!
By: Bruno
segunda-feira, 20 de junho de 2011
La Ouverture De La Soirée
O crepúsculo me foge à alma
A lua em sua solitude me é convidativa
O vento de um verão falso não me é atrativo
Seus dedos percorrem as linhas da minha palma
Entre frescos cenários ocorrem nossas desilusões
Clareadas pelos lustres, bombardeados por belos vultos
Chantageados por blasfêmias e gritos, imorais cultos
Nossas pequenas pecaminosas abstrações!
Sei que na fileira feliz das divinas legiões
Não me encontro e não lúcido estou
Diante daqueles clarões dos quais nunca gostou
Sua única nobreza, sou eu, portador de suas rebeliões
Os sons da harpa conspiram a favor de nossos corações
Entrelaçando-os de forma mística
Ao som sombrio e cálido de sua música
E deitamos junto ao céu, longe de humanas concepções
Uma magia outonal nos cerca de modo infante
Pequeninos lumiares condecoram este amor
Carregada por viventes em eterno clamor
Eu trocaria a eternidade por esta noite deslumbrante!
By: Bruno
domingo, 19 de junho de 2011
Festival de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
O som dos batuques estremecem o coração
Todos dançavam caracterizados, seguiam o som
Imagens santas eram carregadas em tons de marrom
O bom Deus se orgulha desta pequena celebração
Os obis se divertem em um furor único
Os minutos portavam uma fome feiticeira
A caravana arde em música negreira
Possuíam um amor flamejante e lírico!
Neste domingo repousa a luz
De um sol pálido e terno
Sob aquelas turbas há um carinho eterno
Mas os cheiros não eram almíscar e alcaçuz!
No povo reside desde o antigo até o moderno
Seus rituais e crenças por mim admirados
Convicções jamais por eles abnegadas
O vento não me parecia galerno
Sem rocim de bruxaria
Certamente é uma gravura fantástica
Pintada às palavras plásticas
Por intermédio de aporia!
Obi: Feiticeiro africano
By: Bruno
sábado, 18 de junho de 2011
La Vérité Fermée
Um tom de preto e branco atravessou nosso encontro monocromático.
Minha memória dá-lhe um toque de eternidade
Jamais esquecerei aquele rosto de olhares sutis
Minha inocência reside naquelas pupilas esmeris
Sua atitude e minha alegria culposa entram em cumplicidade
Minha mente irriqueita age ao anoitecer
Corro soluçando desejos tormentosos
Longe do mundo atroz, amores nascem langorosos
E o meu corpo em teus lábios se põe a esmaecer
A sua mão gelada me tocou
O frescor fino de jóias e cristais reluziu interno
Como um crime infame, manchei um coração terno
Sou a coisa mais abjeta que sua magia já aureolou!
Minha mágoa mancha as mansões de luz
Ao proibido negrume migro quietamente
Dou meu corpo ao sentimento imponente
É de grande pesar, viver entre regras e tabus!
Vós que fostes minha graça e madureza
Responda por favor: A que sois destinados?
Acataria eu a uma falsa glória? E os valores estimados?
As cores do seu ombro lançam uma paz única ao meu espírito em torpeza...
E com aquele cruel e lindo sorriso, parecia estar apenas curtindo um jogo, como um diabinho que continua num demônio.
By: Bruno
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Ebriedade
Ao poeta dá-se um único saber
Um pouco de romance e um licor
E inventa amores e se acanha em dor
Às linhas e métricas, as letras põem-se a corroer
Aplaudo com um entusiasmo suicida
A eternidade que a morte tanto odeia
Consome a carne mas a arte se repoltreia
Ao quanto originais somos em vida
Ao poeta dá-se um único saber
Acolher as dores n'alma e escrever
Sem sentir-se combalido
Ao falatório alheio investido
Para a morte dá-se a carne
O fígado cirrótico embutido
E para Deus dá a alma quem quer, benzido
O Diabo, já este recolhe como pode, o descarte!
By: Bruno
Um pouco de romance e um licor
E inventa amores e se acanha em dor
Às linhas e métricas, as letras põem-se a corroer
Aplaudo com um entusiasmo suicida
A eternidade que a morte tanto odeia
Consome a carne mas a arte se repoltreia
Ao quanto originais somos em vida
Ao poeta dá-se um único saber
Acolher as dores n'alma e escrever
Sem sentir-se combalido
Ao falatório alheio investido
Para a morte dá-se a carne
O fígado cirrótico embutido
E para Deus dá a alma quem quer, benzido
O Diabo, já este recolhe como pode, o descarte!
By: Bruno
Balada dos trinta e nove
Melhor forma para o tempo aproveitar,
É a feitura de poesias
Posto que poética e alma uma vez unidas
Jamais separam-se e vivem ritmicamente.
Trinta e nove horas apenas entregue a mim mesmo,
Trinta e nova versos ou apenas trinta e nove palavras.
O que eu fui e o que eu vou ser
Definem os versos e as pessoas em volta,
São seres imaginados e mentidos,
Seres disformes à medida de Deus.
Sombras resumidas em treva
As arribações são fictícias e tudo mais
E a poesia? Não passa de trinta e nove!
By: Bruno
É a feitura de poesias
Posto que poética e alma uma vez unidas
Jamais separam-se e vivem ritmicamente.
Trinta e nove horas apenas entregue a mim mesmo,
Trinta e nova versos ou apenas trinta e nove palavras.
O que eu fui e o que eu vou ser
Definem os versos e as pessoas em volta,
São seres imaginados e mentidos,
Seres disformes à medida de Deus.
Sombras resumidas em treva
As arribações são fictícias e tudo mais
E a poesia? Não passa de trinta e nove!
By: Bruno
terça-feira, 14 de junho de 2011
Lá Décadanse...
Ando cansado e insone
Cansado demais para um soneto
Ou para carregar meu esqueleto
Num baile irreal ouvindo o saxofone
Me encontro sonhando tanto
Que nem dormir mais me é permitido
E escorrem lágrimas furtivas e de coração abatido
Levo no côncavo das mãos esse desencanto
A luz do sol lacera meu corpo impiedosa
Com seus punhais arrojados
E sob o ouro fosco a babel em cristais enfeitiçados
Um refúgio nessa manhã escabrosa!
Desejo ter perto o suave anoitecer
Para com os sonhos me entreter
Enchendo a treva de suspiros
Orquestrando movimentos perfeitos, sem resquícios
Olhos cor opala fitam meu rosto
As orelhas fiéis ouvem acanhadas
Seu pelos seguramente asseados
Minha amiga, há por ti um sorriso exposto!
O último verso é homenagem para minha gata Ana, que acompanhou a feitura deste poema.
By: Bruno
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Mundo de sonhos
Como um sopro eu cruzo este mundo
E adentro no mundo dos sonhos
Onde você se encontra de forma plena
Onde posso interagir sem que minhas vozes aquietem-se
Você resguarda meu nome para todas as vezes usá-lo
Retirando meus medos e colocando-me em paz
Uma paz sem armamentos e inseguranças
Impenetrável e saudosa
A minha felicidade não é o sorriso derradeiro
E sim a minha memória sincera
Conectada à sua como um grande dragão
E nas suas entranhas nossos rostos em grande foco!
Persigo-me sonhando com as estrelas
A única coisa que importa é que esteja bem
O resto de nada me presta
Mesmo que não me pertenças
Eu sei que sonharei e não me importarei comigo
Que minha aura emane este registro
Mesmo que meu corpo esteja em qualquer lugar
Longe deste horizonte de enventos
Sei que meu nome permanecerá no seu intelecto...
By: Bruno
E adentro no mundo dos sonhos
Onde você se encontra de forma plena
Onde posso interagir sem que minhas vozes aquietem-se
Você resguarda meu nome para todas as vezes usá-lo
Retirando meus medos e colocando-me em paz
Uma paz sem armamentos e inseguranças
Impenetrável e saudosa
A minha felicidade não é o sorriso derradeiro
E sim a minha memória sincera
Conectada à sua como um grande dragão
E nas suas entranhas nossos rostos em grande foco!
Persigo-me sonhando com as estrelas
A única coisa que importa é que esteja bem
O resto de nada me presta
Mesmo que não me pertenças
Eu sei que sonharei e não me importarei comigo
Que minha aura emane este registro
Mesmo que meu corpo esteja em qualquer lugar
Longe deste horizonte de enventos
Sei que meu nome permanecerá no seu intelecto...
By: Bruno
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Ébrias ramagens!
Cheguei ao fundo da minha pequena imoralidade
Através do gargalo flui para o meu âmago
A bebida desacompanhada
Observo as não mais lúcidas ramagens floridas
Que imagino, que belo campo de amarílis
Agora ébriamente mascarei como ópio as pequenas Phisalis
Sou observado descaradamente
A mulher retira o colar barato
E o gato murmura cousas estranhas
Esperarei por uma ressaca embebida por exóticos chás
E dançarei uma danação de outra pessoa
Rirei desta destacada desgraça
Minha garganta fica quente e desiludida
O gato anda tão inconformado ultimamente!
Acho que é porque bebemos e festejamos
As pequenas palavras que das quais
Invento versos livres e anfetamínicos
Sou inacreditavelmente exagerado
E a priori pensam que sou um demônio
Mas em termos finais sou só um garoto
Brincando de ser poeta
A mulher ingrata não segura o prato
E vai embora resmungando
Coloco um punhado de frutas estranhas na boca e me calo!
By: Bruno
Através do gargalo flui para o meu âmago
A bebida desacompanhada
Observo as não mais lúcidas ramagens floridas
Que imagino, que belo campo de amarílis
Agora ébriamente mascarei como ópio as pequenas Phisalis
Sou observado descaradamente
A mulher retira o colar barato
E o gato murmura cousas estranhas
Esperarei por uma ressaca embebida por exóticos chás
E dançarei uma danação de outra pessoa
Rirei desta destacada desgraça
Minha garganta fica quente e desiludida
O gato anda tão inconformado ultimamente!
Acho que é porque bebemos e festejamos
As pequenas palavras que das quais
Invento versos livres e anfetamínicos
Sou inacreditavelmente exagerado
E a priori pensam que sou um demônio
Mas em termos finais sou só um garoto
Brincando de ser poeta
A mulher ingrata não segura o prato
E vai embora resmungando
Coloco um punhado de frutas estranhas na boca e me calo!
By: Bruno
terça-feira, 7 de junho de 2011
Irezumi
A luz que atravessa os céus
Iluminam do fundo do mar gélido
As vidas que contornam o seu braço
Eu observo o esfregar das suas mãos sozinhas
Em busca do próprio calor
As palavras que não estão na minha boca
Pertencem a outras pessoas agora
Enquanto você parte após um cumprimento simples
Por que hoje é um daqueles dias em que a lua está distante
E eu faço uma cara amarrotada em segredo
Mas eu deveria sorrir feliz
Não entendo porquê as minhas esperanças
São balões com enormes furos
De quanta força eu necessito
Para parar de fazer o céu tremer cinza com minhas inseguranças?
Vou pegar aquela melodia que nasce do vazio para o amanhã
E colorir os contornos cegos das suas pinturas
Usando o meu coração se preciso...
By: Bruno
Irezumi = Tatuagem
segunda-feira, 6 de junho de 2011
O andarilho
Vagueia incansável
Por terras onde as estrelas lhe choram luzes estupefatas
E por onde as almas sempre estão lúcidas e extasiadas
Este andarilho se mantém imutável
E deixa refluir, na boca morosa
Um mar de pétalas da rosa
Que despedaça o coração sem ferir
A alma dolente e sonhadora a sentir
O selo esculpido é incolor
E é fixado pelo quente vento
Que nos abana por agora e que me são alimento
À imaginação esfumaçada, e se põe a compor
Sempre a procura de braços que podem limpar até mesmo as punições
Ando e ando, condenado diante de diversas guarnições
Fugi lenta e harmoniosamente
Quando te vi, de respiração ressonante, com minha cara indolente
As tochas da tarde acendem uma aurora
E estes olhos atraem a você como a um retrato
Minha dose de inspiração é teu corpo, tua alma é um místico aparato
Volto hoje somente, a sorrir como outrora
Recairei um dia em pranto
Quando para a estrada chamada solitude
Hei de retomar, com uma saudade maciça e cheia de virtude
Tal avenida poética pela qual percorro
Com palavras e torpeza sob o meu manto
Meu único medalhão sem relíquia
É minha memória iníqua
E que me importam máscaras? Amo tua beleza!
Uma magnânima personalidade para recordar sem indiferença!
By: Bruno
sábado, 4 de junho de 2011
Aquela que carrega a cesta
Aquela passante, serelepe e formosa
Anestesia aos que a admiram
E traz a rouquidão e a ausência de palavras, que dançam
Em torno de toda serenidade e doçura
Graciosa pulante, distribui esperança
Desenhando delírios e vícios
Desencaminhando os jovens
E a normalidade se esvai
Dá lugar ao desejo e repúdia
E a fuga da treva
Torna o roxo em azul
Pálidamente esmaecem as cores
Deliberadamente, que escorrem das estrelas
Donzela, talvez princesa
Porta, em sua cesta doces venenos, talvez doces venturas
Seu antebraço incansável, sacoleja os amores
E os reveste de inocência a cada olhar
A pureza me é impressionante
Oferece-me todos estes sentimentos bons
E quando observo atentamente
Eram apenas dois pãos de queijo
Dados como se fossem corações furtados
Ao pequeno poeta frustrado!
By: Bruno
Anestesia aos que a admiram
E traz a rouquidão e a ausência de palavras, que dançam
Em torno de toda serenidade e doçura
Graciosa pulante, distribui esperança
Desenhando delírios e vícios
Desencaminhando os jovens
E a normalidade se esvai
Dá lugar ao desejo e repúdia
E a fuga da treva
Torna o roxo em azul
Pálidamente esmaecem as cores
Deliberadamente, que escorrem das estrelas
Donzela, talvez princesa
Porta, em sua cesta doces venenos, talvez doces venturas
Seu antebraço incansável, sacoleja os amores
E os reveste de inocência a cada olhar
A pureza me é impressionante
Oferece-me todos estes sentimentos bons
E quando observo atentamente
Eram apenas dois pãos de queijo
Dados como se fossem corações furtados
Ao pequeno poeta frustrado!
By: Bruno
entardecer
Ao crepúsculo, as horas passam devagarinho
As folhas caem por entre os orvalhos da brisa
Os amantes seguram a mão um do outro com carinho
Olham-se e observam em seguida os céus que os paralisa
E neste momento eu queria que o relógio parasse
Para que eu me perca neste instante cuidadosamente
Para não perder nenhum detalhe que os raios de sol
Não fixassem
E seus braços que se cruzam como laços vermelhos
Devido a esta luz do entardecer
Fazem espirais que se entrelaçam, levemente
E que formam um vínculo de cumplicidade
Eternecido por mágicas e pequenas mãos
Desenhando assim uma ode perfeita
A harmonia dos elementos e da água em lentidão
Produzem um jardim sem obscuridão
Sem fardos, onde só há sonhos concretizados
Por entre sinestésicas camélias...
By: Bruno
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Realidade fantástica
Observo atento
Os entoares repetitivos que o amaldiçoado vento
Fazem, brincando com meus ouvidos
Encontro-me absorto, paradigmático
A árvore medonha alicia os insetos
Estes pequenos viventes preparam uma vingança
O copo em minha mão...
Pena que ele não tenha nenhum efeito opiáceo
O frio envolve meu corpo enganosamente
E numa imaginação infante
A árvore, pobre árvore deformada
Deturpa minha alma graciosamente...
By: Bruno
Os entoares repetitivos que o amaldiçoado vento
Fazem, brincando com meus ouvidos
Encontro-me absorto, paradigmático
A árvore medonha alicia os insetos
Estes pequenos viventes preparam uma vingança
O copo em minha mão...
Pena que ele não tenha nenhum efeito opiáceo
O frio envolve meu corpo enganosamente
E numa imaginação infante
A árvore, pobre árvore deformada
Deturpa minha alma graciosamente...
By: Bruno
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Assimetria
Não seria inverossímil dizer
Que os elíseos carregam energias e escritas
Não que sejam erroneas criptas
Meu sentimento, minha expressão dizem-se ao anoitecer
De bom grado escreverei sobre cântigos e neles descrer
Minha angústia é muito pesada para as nuvens
Os nimbos e as columbes são disformes viagens
Para as superfícies assimétricas dos meus eus a discorrer
Sem dúvida descoloro as estrelas
Para que elas não se misturem à sua inocência
E eu não desfaleça horrívelmente em incoerência
Sinceramente, não sei ser sincrético e nada nivela
Meu morno espírito dorme oníricamente
Meu sonho é ser tua paz e teu torpor
Salvo pelo meu idílico ardor
Posto que jamais desejo-lhe mal algum rancorosamente
Que nem Deus lhe faça algum mal
Hei de tomar para mim sua dor
Onde estará a voz da flauta, estará o seu odor
Engolirei o tempo também, para que nunca sejas artificial
O orvalho em meu rosto, parecia vinho forte
Enquanto todos sucumbem, não resisto à morte
Componho em meio à sombras, fantásticas
Embora exarcebo de forma drástica
Sim, eu sinto tudo isto neste coração disforme
Reptilizado e rastejante, arredondado e cuneiforme
São meus desprezados sentidos vulneráveis
Mesmo sob condições nobres e imutáveis.
By: Bruno
Que os elíseos carregam energias e escritas
Não que sejam erroneas criptas
Meu sentimento, minha expressão dizem-se ao anoitecer
De bom grado escreverei sobre cântigos e neles descrer
Minha angústia é muito pesada para as nuvens
Os nimbos e as columbes são disformes viagens
Para as superfícies assimétricas dos meus eus a discorrer
Sem dúvida descoloro as estrelas
Para que elas não se misturem à sua inocência
E eu não desfaleça horrívelmente em incoerência
Sinceramente, não sei ser sincrético e nada nivela
Meu morno espírito dorme oníricamente
Meu sonho é ser tua paz e teu torpor
Salvo pelo meu idílico ardor
Posto que jamais desejo-lhe mal algum rancorosamente
Que nem Deus lhe faça algum mal
Hei de tomar para mim sua dor
Onde estará a voz da flauta, estará o seu odor
Engolirei o tempo também, para que nunca sejas artificial
O orvalho em meu rosto, parecia vinho forte
Enquanto todos sucumbem, não resisto à morte
Componho em meio à sombras, fantásticas
Embora exarcebo de forma drástica
Sim, eu sinto tudo isto neste coração disforme
Reptilizado e rastejante, arredondado e cuneiforme
São meus desprezados sentidos vulneráveis
Mesmo sob condições nobres e imutáveis.
By: Bruno
Quadros modernistas
Minhas lágrimas formam um tear brando
O tédio com minha alma é cruel
E o modernismo parece que porá tudo em um bordel
Contudo os homens têm a ciência moderna sob o seu comando
Vagueio por sons não tão amenos
O profuso toque da civilização é a luz de um novo astro
Enquanto a natureza preguiçosa se esvai num lastro
Me inconformo com tantos sentimentos obscenos
Um produto numa era epicúrea nasceu
População anancástica jamais imaginaria
E por mares dourados imaginativos jamais velejaria
Sim, a arte, o soneto, que satisfazem um coração como o meu
Não, o que eu sinto não é meu, pertence à poesia
A noite é espiraladamente poética e determina
O jazigo de sentidos que guardarei e que culmina
Nos versos que tanto me ocupam de mania!
Minha alma reclama
Enquanto outrem lavam as manchas do pecado com lama
Vamos à tarde errar por sentinas cruéis
Culpemos o Diabo que nos puxa por cordéis
Que faria de bom grado da Terra só detritos
Eis que não lutamos jamais contra atritos
E a vida some estranhamente
Posto que as engrenagens do mundo funcionam fastigiosamente!
By: Bruno
O tédio com minha alma é cruel
E o modernismo parece que porá tudo em um bordel
Contudo os homens têm a ciência moderna sob o seu comando
Vagueio por sons não tão amenos
O profuso toque da civilização é a luz de um novo astro
Enquanto a natureza preguiçosa se esvai num lastro
Me inconformo com tantos sentimentos obscenos
Um produto numa era epicúrea nasceu
População anancástica jamais imaginaria
E por mares dourados imaginativos jamais velejaria
Sim, a arte, o soneto, que satisfazem um coração como o meu
Não, o que eu sinto não é meu, pertence à poesia
A noite é espiraladamente poética e determina
O jazigo de sentidos que guardarei e que culmina
Nos versos que tanto me ocupam de mania!
Minha alma reclama
Enquanto outrem lavam as manchas do pecado com lama
Vamos à tarde errar por sentinas cruéis
Culpemos o Diabo que nos puxa por cordéis
Que faria de bom grado da Terra só detritos
Eis que não lutamos jamais contra atritos
E a vida some estranhamente
Posto que as engrenagens do mundo funcionam fastigiosamente!
By: Bruno
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