Quadra das brumas, do profundo neblinamento
Amigo íntimo da geada e que suspira os respingos
De brancura e dos modos abruptos da nevasca
Tonto de vodca ou de tantas travessuras, manténs
A tortura das horas afastada e, Teu gosto ao divertimento
Nos vale reminiscências do desconhecido, eu bem digo
-As canções de inverno têm uma melodia nefelibata,
Nuvens leves ou pesadas, não importa, elas somente
Podem compor, à orla do pensamento, prolíficas canções
Para confortar os corações aflitos, tornando-os valentes;
Preparados para os acessos de melancolia das monções".
-Mas e Tu? Agora que Tua estação se aproxima, nos vaivéns
Do tempo, ao alentar os furores d'inverno, Teu encanto cresce...
Mas o silêncio das ramagens mesmo propiciando abrigo
E sonhos doces, para esses escuros dias, este calmo alento
Se mostra suficiente? Árvores tecendo a dádiva das sombras
A relva tramando os malditos caminhos na tenra alfombra...
Tu'alma não está cansada do saber ancião dos Carvalhos sonolentos?
As Glicínias, tão azuis quanto Teus olhos, são o acolhedor jazigo
Deste poema, o doce murmúrio das Tuas lágrimas de saudade
Me dizendo o quão solitário és, sem ninguém o ver!
Nem do Valhala vem esta explicação a vos benfazer,
E tudo é crepúsculo ao tom dos labirínticos laços espirituais,
Inda, nenhum humano o viu além do enlevado traço na neve;
O talhe perfeito, as peripécias no gelado clima, da flor o olhar
Que eu queria ter, pois o que sei não passa de um fusco ao fim dia!
By: Bruno
Magistral, Bruno!
ResponderExcluir