Um verso repete
Uma brisa fresca
Na força que impele
D'uma aberta fresta
A melodia intérprete
D'uma vida romanesca
No labor daquele
Que lapida a aresta
Amolando o filete
Da linguagem que esga
A cada ramalhete
De vocábulos em seresta
Encantamentos da floresta
Povoando a mescla
Da cidade egesta
Aprumada em paquetes
Ardis de pura mágica
Ou rituais elaborados
A vida é porção rica
De palavras intencionadas
Pipocando a ventura
Da linguagem, pátria
Da tristura ignota, pária
E da glória da cultura
Em puro sorteio
Alinhavando o gorjeio
Dos pássaros e dos homens.
By: Bruno
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