segunda-feira, 14 de julho de 2014

Movimento


Um verso repete
Uma brisa fresca
Na força que impele
D'uma aberta fresta

A melodia intérprete
D'uma vida romanesca
No labor daquele
Que lapida a aresta

Amolando o filete
Da linguagem que esga
A cada ramalhete
De vocábulos em seresta

Encantamentos da floresta
Povoando a mescla
Da cidade egesta
Aprumada em paquetes

Ardis de pura mágica 
Ou rituais elaborados
A vida é porção rica
De palavras intencionadas

Pipocando a ventura
Da linguagem, pátria
Da tristura ignota, pária
E da glória da cultura

Em puro sorteio
Alinhavando o gorjeio
Dos pássaros e dos homens.

By: Bruno

Nenhum comentário:

Postar um comentário