Por querer entender tudo por vocábulos,
Esqueci do marulho violento dos silêncios;
Por querer brincar sempre com arábicos,
Perdi a conta dos rumos numéricos
Que habitam em todos os cálculos,
Em todas as escanções, as marolas;
Partidas canções, são escolas
Ignoradas pelos ígneos âmbitos
Do deciframento, empilhamento
Vão das minhas utilezas,
Desconhecidas sutilezas,
Do maroto temperamento,
Meu gradual aniquilamento,
Sórdido escoamento
Das virtudes, um sacramento
E eu nem mais entendo
As abrasivas virtudes que colorem
As minhas almas quebrantadas,
Por nódoas que percorrem
Meus corredores de significados
Aviltadas pela possibilidade manchada
De um entendimento que foge de mim
Procurando à mil léguas o urdido estopim
Da contradição mais mascarada.
By: Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário