segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Fogo Negro


O fogo do Deus negro queima bruxuleando a blasfêmia fecunda
Andrajo fogo que crepita em madeiras invisíveis
Fumaça ditosa dispersando imunda
Os ares de fé e esperança corrompíveis

A dourar a carne viva com essa infame flama
Despertando o orgulho da pestilência
Sem qualquer posterior penitência
Sigo proclamando tal labareda, como quem declama,

Recitando com a suave dolência da cítara
A eternal brasa carbonada
Da loucura materializada
Canções que cortam o ar como cimitarras

E assim a glória suspeita deste fogo
Contamina os ignotos céus, tecendo maldições
Reagindo quimicamente com as puras elevações
Resultando neste decadente monólogo.

By: Bruno

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