A luz se estreita vagamente
A sombra perde força
A visão se esforça
A voz enfraquece lúcidamente
A fadiga exala lamento
As águas no entanto,
Se movem com todo encanto
Mas a lareira vai perdendo seu alento
Asas que fogem do inverno
Ervas daninhas arrancadas
Dos vasos, com mãos calejadas
Almas que não querem o inferno
Sonhos não lembrados
Traumas esquecidos
Tormentos arrefecidos
Corpos talvez atordoados
Todos esperam calmos
A névoa cessar seu rancor
Pacientes, à mingua do palor
Recitando seus salmos
Para tornar a relva emocionada
Assim os temores uma vez afastados
Afastam também a treva alvoroçada.
By: Bruno
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