Um elemento realmente precioso nos dias de hoje é o elevador, pois que desgraçado subiria talvez dezenas dos melhores andares de um prédio, numa tentativa frustrada de não precisar de um maquinário para tal? Ainda sem mencionar circunstâncias especialíssimas como um incêndio ou uma espantosa rachadura em uma viga? Percebo que até mesmo algo tão preciso nos abandona nos momentos dificultosos da vida. Em muitas das minhas realidadades me pego utilizando deste meio facilitador, para alcançar andares que meu fôlego cardíaco teria um custoso desempenho, talvez mortífero.
E, numa destas realidades, numa aventurosa entrada num desses púlpitos tecnológicos, conforme as portas do elevador se fechavam a luz estreitava até encontrar seu fim nos deixando em um escuro carregado dos meus risos e do grito talvez irônico de minha amiga. E então langorosamente ele subia, numa viagem opiácea até a biblioteca, onde íamos com o intuito de procurar livros jurídicos. Nenhuma entidade mitológica nos atazanara, nenhuma coisa estranha ou coisa estupefata eu creio, nada além de nossos próprios medos modernos, transferidos dos animais predadores para o maquinário potencialmente psicótico e desemotivo. Mas mesmo assim houve-se gritos.
By: Bruno
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