Olhando sua face com uma expressão tão pacífica
Sem querer deixo uma lágrima escapar
Atingindo sua pele sem nem o escuro reparar
-Quantas cores você ouve dos sons lira?
Me pergunto em um pensamento espontâneo
Sucedido por mil outros vaporosos, provenientes;
-Será que seremos coetâneos?
Do meu mais reservado inconsciente
Nas muitas janelas, nas muitas paisagens
Nos infinitésimos rostos das multidões
Visitando e revisitando os inúmeros vagões
Dos metrôs, em tantas falsas viagens
Eu vejo seu rosto, vejo seu sorriso
Trocamos vários olhares concisos
Sinto seu palpitar adormecido
Quando dormimos aquecidos
Mas não posso tocar-lhe carinhosamente a face
Não posso sentir sua respiração ébria ou lúcida
O destino não permite que em seus braços eu me enlace
Porque não posso encontrar sequer seu vulto translúcido!
Porque meu futuro é avesso como um eco
Que espera ansioso seu retorno, mas entrisce-se
De saber que neste volumoso enquanto, num boteco
Tenho o duro soluço da solidão, o que me enlouquece...
By: Bruno
lindo texto...
ResponderExcluirvocê consegue se expressar tao bem...
amo ler seus textos!
parabéns!!!
Que coisa mais linda, Bruno... Realmente foi algo que me tocou lá dentro. Sou fã das suas poesias e poemas, mesmo que não comente em todas, sempre tento estar atualizada por aqui. É uma riqueza de detalhes, uma riqueza de sentimentos. Parabéns.
ResponderExcluirAbraços, Arih.