Na forma pendular do movimento
Eu vi o mar da janela de um ônibus
Das florestas a fatigar o sonho, e um Incubus
Surge nefasto a roubar ao sutil relento
A alma que respira púrpura
Os vapores e os ares artificiais
Os sóis esquisitos dos horizontes nacionais
A natureza mais esmeralda e sua frágil arquitetura
Enredado pela vidraça daquele maquinário
A visão ambulante tendia também para a neblina
Onde resquícios daquela memória cristalina
Envolvem apesar dos rancores o meu imaginário
Nas asas azuis dos pássaros que eu acabei não vendo
Premedito a estética da felicidade, sinal onipresente
Do céu que mesmo devorado, se faz futuro do presente
Das adequações dos pensamentos que concluo lendo
E assim me conduzi incerto àquela altura incomum
Acostumado com o sombrear das quilometragens
Meu delírio se fixava estranhamente, naquelas metragens
Retilíneas, apenas com a firmeza dos céus, sinuoso era o desjejum
Do simples esperar pelo que viria
Resolvendo transpor qualquer limitação
Desacomodado pelo que não acontecia
Incoerente nos gostos e pensamentos
Noto haver incompatível comodidade
No aproveitar daqueles estranhos momentos.
Levando em conta estas ambiguidades
Noto também a perseverança da natureza
Que sempre evolui a partir de desacomodidades.
By: Bruno
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