segunda-feira, 22 de junho de 2015

Rosas negras à Terezinha


Procurando por ti nos telhados
Me prendo à minha solidão
Pois reconheço que foi a mim
Que perdi ao partir em pedaços

"Quantas vivências o coração precisa ter
para aprender que nada será seu?"
- Penso isto deitado na cama, 
Tentando sonhar em ser um outro

Que dava rosas negras à Pequena, 
Não por sua perda, mas por sua 
Breve intrepidez, nos muito dizendo
Como devemos amar, fagulha a alimentar...

Se nós nos encontrarmos novamente,
Vou pensar em seu perfil lavado de lágrimas.
Pois, fugazes, os sentimentos se esvaindo,
São como a passagem das estações...

Mesmo que estas palavras soem como rosas
Enegrecidas pelas vibrações mundanas
Elas contém o que realmente senti
Sobre a verdade que queimou meus olhos

E mesmo se o amanhã se esquecer de ser vivido
Esperarei sua mouca voz anunciando
A lembrança que já não posso mais alcançar.

Bruno Borin

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