Procurando por ti nos telhados
Me prendo à minha solidão
Pois reconheço que foi a mim
Que perdi ao partir em pedaços
"Quantas vivências o coração precisa ter
para aprender que nada será seu?"
- Penso isto deitado na cama,
Tentando sonhar em ser um outro
Que dava rosas negras à Pequena,
Não por sua perda, mas por sua
Breve intrepidez, nos muito dizendo
Como devemos amar, fagulha a alimentar...
Se nós nos encontrarmos novamente,
Vou pensar em seu perfil lavado de lágrimas.
Pois, fugazes, os sentimentos se esvaindo,
São como a passagem das estações...
Mesmo que estas palavras soem como rosas
Enegrecidas pelas vibrações mundanas
Elas contém o que realmente senti
Sobre a verdade que queimou meus olhos
E mesmo se o amanhã se esquecer de ser vivido
Esperarei sua mouca voz anunciando
A lembrança que já não posso mais alcançar.
Bruno Borin
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