Nuvem gris dividindo os idílios
Um silêncio encrespado configura
A passagem dos ventos, Bulícios;
Certos de que a concentração assegura
O prado das sortidas respostas lineares
Que fogem a quaisquer habituais direções;
Enquanto a centelha fresca e inquisitorial
Fraqueja diante do embaralho da induções
Eclipsando as vidraças oculares, os brilhantes
Desígnios não permitem façanhas ofuscadas
E a dualidade que invade conta eloquentes
Invencionices, como se houvesse uma afastada
Verdade a se estilhaçar em minuetos sacramentados
A comistar com as viscerais fantasias, nas êneas grades
Do peito a fervilhar no pântano das emoções caladas
E assim o Moinho vai se desfigurando em metades
Sempre certas da arribação das agruras, vertendo
As cores, o prisma, nesta nuvem gris que divide
Os bens mais preciosos da minha escuridão.
Bruno Borin
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