domingo, 15 de fevereiro de 2015

Imaginário


No céu do meu delírio, cor é música
Fecundada nas tintas dos sentidos; 
Verdades infeccionadas de revertidos
Teoremas, pura tradução e mímica

Do olhar distante e prosaico das flores,
Preocupadas apenas com seu colorido florir,
Como se da vida bastasse o singelo sorrir,
Matizando com ideais os tórridos palores.

Fazendo assim descansar os corações,
Do indomável e traumático espetáculo;
Tornando a sensibilidade o receptáculo

Da vida polinizada com pétalas, prismas
De poesia, - a mais raras das monções,
Que aplaca as reais inanições das cismas.

Bruno Borin

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