Com a alma prostrada em preocupações
Deleito-me com o grito da Fúria
Composta de toda a infame centúria
Das pequenas e acumuladas incomodações
De mansa quietude, a Natureza
Flui em cascata, para densa melancolia,
Urdindo as corrupções da incerteza,
Propagadas nesta incólume ventania
Dos frutos destes estranhos sentimentos
Não consigo decifrar, sob os olhos rancorosos
Destas Fúrias de rapina, o paladar rançoso
Das rupturas momentâneas dos meus sacramentos,
Tingidos com a cor destes gritos pavorosos
E com o timbre da alma desconsolada e ruidosa!
Bruno Borin
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